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Combinação de medicamentos aprovada pela Anvisa possibilita nova opção para o tratamento do mieloma múltiplo

Aprovada nova combinação de medicamentos para o tratamento do mieloma múltiplo recidivado e refratário  

  • O mieloma múltiplo é o segundo tipo mais comum de câncer de sangue (neoplasia hematológica)1, com mais de 130.000 novos diagnósticos anuais em todo o mundo².
  • Como não há cura para o mieloma múltiplo, a maioria dos pacientes terá recaídas, o que demonstra a necessidade de novas opções de tratamento1,2.
  • A Anvisa aprovou uma nova combinação de medicamentos com base em estudo que demonstrou que os pacientes tiveram aumento de 1,6 para 3 anos sem a progressão do câncer3,4

São Paulo, julho de 2022 — As pessoas com mieloma múltiplo agora possuem mais uma possibilidade de tratamento. A Anvisa aprovou uma nova indicação para Sarclisa® (isatuximabe) um anticorpo monoclonal, que passa a ser indicado também em combinação com carfilzomibe e dexametasona (Kd). A recomendação pode ser feita para pacientes adultos com mieloma múltiplo recidivado e refratário que receberam pelo menos uma terapia anterior.

O estudo IKEMA avaliou 302 pacientes que já tinham passado por um a três tratamentos anteriores e apresentaram progressão da doença. O estudo demonstrou que os pacientes tratados com a combinação aprovada, tiveram, aproximadamente, aumento de 1,6 para 3 anos sem o avanço do câncer (sobrevida livre de progressão). O isatuximabe também está aprovado em combinação com pomalidomida e dexametasona para o tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo recidivado e refratário que seguiu avançando mesmo após dois tratamentos diferentes, incluindo lenalidomida e um inibidor de proteassoma.

Isatuximabe é um anticorpo monoclonal que se liga a uma porção de antígeno com potencial de gerar resposta imune e desencadeia mecanismos de ação que levam a morte das células tumorais5-9.

Sobre mieloma múltiplo 

O mieloma múltiplo é o segundo tipo mais comum de câncer de sangue (neoplasia hematológica)¹, com mais de 130.000 novos diagnósticos anuais em todo o mundo². Como não há cura para o mieloma múltiplo, a maioria dos pacientes terá recaídas, o que evidencia a necessidade de novas opções de tratamento. Quando essas recaídas ocorrem e o câncer retorna após o tratamento ou um período de remissão, diz-se que o mieloma múltiplo é recidivado. O termo refratário refere-se à quando o câncer não responde ou deixa de responder à terapia.

Sobre o estudo IKEMA 

O ensaio clínico randomizado, multicêntrico e aberto de Fase 3 IKEMA envolveu 302 pacientes com mieloma múltiplo recidivado em 69 centros em 16 países. Todos os participantes do estudo receberam de uma a três terapias anti-mieloma anteriores. Durante o estudo, isatuximabe foi administrado por infusão intravenosa na dose de 10mg/kg uma vez por semana por quatro semanas, depois a cada duas semanas por ciclos de 28 dias em combinação com carfilzomibe duas vezes por semana na dose de 20/56mg/m2 e dexametasona na dose padrão para a duração do tratamento3.

O desfecho primário do IKEMA foi a sobrevida livre de progressão. Os desfechos secundários incluíram taxa de resposta global, taxa de resposta completa ou melhor, taxa de resposta parcial muito boa ou melhor, taxa de negatividade de doença residual mínima, sobrevida global e segurança3.

Sobre o medicamento isatuximabe 

Isatuximabe é um anticorpo monoclonal que tem como alvo um epítopo específico no receptor CD38 em células de mieloma múltiplo (MM). Ele é projetado para funcionar através de múltiplos mecanismos de ação, incluindo morte programada de células tumorais (apoptose) e atividade imunomoduladora. CD38 é altamente e uniformemente expresso na superfície das células MM, tornando-se um alvo potencial para terapias baseadas em anticorpos, como isatuximabe5-9.

Com base no estudo de Fase 3 ICARIA-MM10, isatuximabe está aprovado em vários países, incluindo Estados Unidos, União Europeia e Brasil, em combinação com pomalidomida e dexametasona, para o tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo recidivado e refratário (MMRR) que receberam pelo menos duas terapias anteriores, incluindo lenalidomida e um inibidor de proteassoma, e demonstraram progressão da doença na última terapia.

O isatuximabe continua a ser avaliado em vários ensaios clínicos de Fase 3 em andamento em combinação com os tratamentos padrão atuais em todo o tratamento contínuo do mieloma múltiplo. Também está sob investigação para o tratamento de outras neoplasias hematológicas e tumores sólidos. A segurança e eficácia desses usos adicionais não foram revisadas por nenhuma autoridade reguladora em todo o mundo.

Sobre a Sanofi  

Somos uma inovadora empresa global de saúde, movida por um propósito: buscamos os milagres da ciência para melhorar a vida das pessoas [we chase the miracles of science to improve people’s lives]. Nossa equipe, em cerca de 100 países, dedica-se a transformar a prática da medicina, possibilitando o impossível. Fornecemos opções de tratamento potencialmente decisivos e proteção vacinal essencial para milhões de pessoas em todo o mundo, ao mesmo tempo em que colocamos a sustentabilidade e a responsabilidade social no centro de nossas ambições.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.  

Referências  

1. Kazandjian. Multiple myeloma epidemiology and survival: A unique malignancy. Semin Oncol. 2016;43(6):676-681. doi:10.1053/j/seminoncol.2016.11.004.

2. International Myeloma Foundation. Myeloma Action Month. Accessed April 2022.

3 – Moreau P, Dimopoulos M-A, Mikhael J, et al; on behalf of the IKEMA study group. Isatuximab, carfilzomib, and dexamethasone in relapsed multiple myeloma (IKEMA): a multicentre, open-label, randomised phase 3 trial. Lancet 2021; 397(10292):2361-2371.

4 – Moreau P, et al. Updated progression-free survival (PFS) and depth of response in IKEMA, a randomized phase III trial of isatuximab, carfilzomib and dexamethasone (Isa -KD) vs KD in relapsed Multiple Myeloma (MM). Presented at ESMO virtual plenary 19-20 May 2022. Disponível em: Link. Acesso em Julho 2022.

5 – Lin P, et al. Flow Cytometric Immunophenotypic Analysis of 306 cases of multiple myeloma. Am J Clin Pathol 2004;121:482–8.

6. van de Donk NWCJ, et al. Monoclonal antibodies targeting CD38 in hematological malignancies and beyond. Immunol Rev 2016;270:95–112.

7. Costa F, et al. CD38 A Target for Immunotherapeutic Approaches in Multiple Myeloma. Oncotarget 2017;8:56598–611.

8. Deckert J, et al. Mechanism of Action of a New Anti CD38 Antibody Enhancing Myeloma Immunotherapy. Clin Cancer Res 2014;20:4574–83.

9. Jiang H, et al. SAR650984 directly induces multiple myeloma cell death via lysosomal-associated and apoptotic pathways, which is further enhanced by pomalidomide. Leukemia 2016;30:399–408.

10 – Attal M, Richardson PG, Rajkumar SV, et al; on behalf of the ICARIA-MM study group. Isatuximab plus pomalidomide and low-dose dexamethasone versus pomalidomide and low-dose dexamethasone in patients with relapsed and refractory multiple myeloma (ICARIA- MM): a randomised, multicentre, open-label, phase 3 study. Lancet. 2019;394(10214)(suppl):2096-2107.

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