O laboratório de origem sul-africana, e que completa 10 anos de Brasil, assumirá a segunda posição no ranking de vendas de antiácidos no país com esse medicamento. Ele passa a Hypera, dona do Estomazil. A primeira em vendas é a GSK, com o Sonrisal.
O valor do negócio não foi informado, mas considerando que tradicionalmente se avalia uma linha duas ou três vezes as vendas do medicamento para fechar um preço, estima-se que a Aspen Pharma Brasil tenha gastado de R$ 60 milhões a R$ 90 milhões na aquisição. A Magnésia Bisurada tem receita em vendas de R$ 30 milhões.
O presidente da Aspen Pharma Brasil, Alexandre França, disse, ao Valor que o negócio foi concluído na semana passada, somente depois da companhia, em conjunto com a Pfizer, ter entrado na Justiça de São Paulo contra o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aprovação da compra. Segundo França, o processo estava desde junho no órgão e não era apreciado por falta de conselheiros.
“Entramos com uma medida cautelar há 40 dias e conseguimos a aprovação automática do Cade para o negócio. Agora vamos começar a traçar a estratégia para essa nova linha.” França ressaltou que é a primeira negociação realizada com recursos do caixa da filial brasileira. “Em 2019 completamos 10 anos de atuação no país, e, dentro da nossa estratégia de comprar linha de medicamentos maduros, estamos ampliando nosso portfólio no país”, afirmou.
Das 80 linhas de medicamentos comercializadas no país, todas foram adquiridas ao longo desses 10 anos de operação. “Foram compradas de laboratórios no Brasil ou no exterior. Não queremos ser reconhecidos como descobridores de medicamentos. Não temos estrutura para investirmos cerca de US$ 1 bilhão no desenvolvimento de uma molécula e ao final não ter o efeito esperado”, disse França.
Fonte: Valor