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Novo medicamento para esclerose lateral amiotrófica chega ao Brasil

Tratamento marca o cenário da doença, que não tem novidades terapêuticas no país há quase 30 anos

São Paulo, março de 2024 – A Daiichi Sankyo, companhia farmacêutica global com origem corporativa no Japão, acaba de anunciar o lançamento da edaravona, um medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ELA).

De administração intravenosa, edaravona tem o efeito de eliminar os radicais livres que aumentam na ELA, protegendo os neurônios motores do estresse oxidativo e auxiliando na inibição da progressão da perda funcional do paciente com ELA, como demonstram os dois estudos3,4 que embasaram as aprovações regulatórias no Brasil3,4. O lançamento representa um marco no cenário do tratamento da doença no país por ser a primeira alternativa terapêutica anunciada em quase três décadas (sob o registro do Ministério da Saúde 1.0454.0192)1,2.

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença rara, ou seja, que atinge menos de 65 pessoas em cada grupo de cem mil5. Com acometimento neurológico, a doença degenera progressivamente os neurônios motores presentes no cérebro e medula espinhal e faz com que as mensagens não sejam mais enviadas aos músculos, levando ao enfraquecimento do músculo, aparecimento de contrações musculares e atrofia6. A perda da capacidade funcional faz com que os pacientes, além de perderem o controle sobre os movimentos voluntários, tenham problemas em atividades como a fala, a mastigação e a respiração2. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 75% dos pacientes sobrevivem por menos de cinco anos após o diagnóstico da doença5.

“Estamos orgulhosos de fazer parte de um momento tão representativo para as pessoas com esclerose lateral amiotrófica. O compromisso com a saúde e qualidade de vida das pessoas é o que nos move para buscar soluções as necessidades não atendidas dos pacientes, independentemente do tamanho da incidência de suas enfermidades. Nessa jornada, dizemos que estamos ‘tratando a humanidade, um caso por vez’, pois queremos, cada vez mais, impactar positivamente a sociedade por meio de nossa atuação”, afirma Gabriela Prior, diretora médica da Daiichi Sankyo Brasil.

Em pesquisa e desenvolvimento desde os anos 1980, edaravona é um medicamento com segurança e eficácia confirmadas, capaz de auxiliar na inibição da progressão da perda funcional dos pacientes. Até então, o medicamento já foi aprovado para a mesma indicação nos Estados Unidos7, Japão, Coreia do Sul, Canadá, Suíça, Indonésia, Malásia e Tailândia.

A incidência estimada da ELA é de 1 em cada 50.000 pessoas5. As causas da doença são desconhecidas, mas acredita-se que a idade seja um dos principais fatores para a sua ocorrência, sendo a prevalência maior em pessoas entre 55 e 75 anos de idade, ao lado da genética, responsável por 10% dos casos5. Os sintomas inespecíficos da ELA, como a perda gradual de força e da coordenação motora, a dificuldade em respirar e engolir, a gagueira, as alterações na voz e na dicção e a perda de peso podem dificultar o diagnóstico precoce da doença. Portanto, é fundamental manter os exames de rotina em dia e, ao identificar um ou mais sintomas, recorrer à investigação médica5.

Para mais informações sobre a doença, acesse: www.falesobreela.com.br.

Sobre a Daiichi Sankyo

A Daiichi Sankyo, companhia farmacêutica global com origem corporativa no Japão, dedica-se à criação e fornecimento de produtos farmacêuticos e serviços em 26 países para suprir as diversas necessidades médicas, tanto em mercados desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Com mais de 16.000 colaboradores ao redor do mundo e mais de 100 anos de expertise científica, a companhia baseia-se em um rico legado de inovação e um pipeline robusto de novos medicamentos promissores para ajudar os pacientes. Enquanto mantém seu portfólio de produtos farmacêuticos nas áreas cardiovascular, psiquiatria, hipertensão, gastroenterologia, ortopedia, inflamação e dor; o grupo está engajado no desenvolvimento de terapias inovadoras nas áreas metabólicas, cardiovasculares e em oncologia. Para mais informações, visite: www.daiichisankyo.com.br

Referências:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Informe 01/2023 – Medicamentos para o tratamento de Esclerose Lateral Amiotrófica. Brasília, CONITEC, maio de 2023.
  2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Internet]. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/q/?substancia=8030. Acesso em dezembro de 2023.
  3. Bula do Produto.
  4. Writing Group. and Edaravone (MCI-186) ALS 19 Study Group. “Safety and efficacy of edaravone in well defined patients with amyotrophic lateral sclerosis: a randomised, double-blind, placebo-controlled trial.” The Lancet. Neurology vol. 16,7 (2017): 505-512. doi:10.1016/S1474-4422(17)30115-1
  5. Ministério da Saúde. Esclerose Lateral Amiotrófica. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/ela Acesso em 9 nov 2023.
  6. National Institute of Neurological Disorders and Stroke. Amyotrophic Lateral Sclerosis (ALS). Disponível em: https://www.ninds.nih.gov/health-information/disorders/amyotrophic-lateral-sclerosis-als Acesso em 9 nov 2023.
  7. Food & Drug Administration (FDA). [Internet] FDA approves drug to treat ALS. Disponível em: https://www.fda.gov/news-events/press-announcements/fda-approves-drug-treat-als. Acesso em dezembro de 2023.

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