Anconrado no bionômio qualidade e preço, vendas do segmento em unidades crescem 29,73% no período (contra 15,18% do mercado total), com avanço de share em tratamentos para hipertensão e controle de colesterol.
O cenário econômico tem contribuído para o crescimento das vendas genéricos nos últimos três anos, reforçando o papel do segmento como instrumento a acesso a medicamentos no país. Estudo da PróGenéricos, com base em dados do IQVA*, instituto que audita as vendas do varejo farmacêutico no mercado brasileiro, mostra que as vendas de genéricos em unidades avançaram 29,73% entre 2015 e 2017 enquanto o mercado farmacêutico total cresceu apenas 15,18% no mesmo período, uma diferença de quase 100% (14,55 pontos percentuais).
O fenômeno é ainda mais intenso no caso de algumas classes de medicamentos para doenças crônicas, que afetam mais de 57 milhões de brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No caso dos medicamentos anti-lipêmicos, por exemplo, usados para o controle de colesterol, as vendas de genéricos em unidades cresceram 59,82%, entre 2015 e 2017. No período, a participação das vendas de genéricos nesta classe de medicamentos saltou de 44% para 58% de share. A maior parte do crescimento se deu ano passado. Em 2016, os genéricos representavam 48% das vendas de anti-lipêmicos no país e fechou 2017 com 58% de participação, um salto de 10 pontos percentuais. Similares e medicamentos de referência que detinham juntos 56% de participação em 2015, fecharam 2017 com 42% de share.
“Seguros, confiáveis e com preços de mercado em média 60% menores que os medicamentos de referência, os genéricos se consolidaram como alternativa de tratamento para milhares de brasileiros que são afetados por doenças crônicas, especialmente neste momento de maior aperto econômico para os consumidores”, diz Telma Salles, presidente da PróGenéricos.
Os genéricos para anti-hipertensivos também registraram avanços significativos nos últimos 3 anos. As vendas em unidades para esta classe terapêutica cresceram 34% entre 2015 e 2017. Com isso, o share dos genéricos no mercado total de anti-hipertensivos saltou de 64% para 70% nos últimos 3 anos. Medicamentos de referência e similares, que detinham 36% de participação, passaram a 30% de share neste intervalo (recuo de 6 pontos percentuais).
Com estes resultados, a participação combinada de genéricos em medicamentos para colesterol e hipertensão saltou de 61,12% em 2015 para 68,54% em 2017, um avanço de 7,42 pontos percentuais.
Economia popular
Desde que chegaram ao mercado em 1999, os genéricos já proporcionaram aos brasileiros uma economia de mais de R$ 106 bilhões em gastos com medicamentos. O valor considera apenas o impacto do valor 35% menor previsto em lei para os genéricos frente aos medicamentos de referência.
E economia proporcionada, entretanto, é substancialmente maior, uma vez que em média os genéricos custam 60% menos que os medicamentos de referência. O índice também não captura a redução de preços que os fabricantes de medicamentos de referência têm que fazer em seus produtos para se manterem competitivos depois da chegada dos genéricos
* IQVIA Institute for Human Data Science é um instituto que se originou da união da IMS Institute e da Quintiles para contribuir para o avanço da saúde humana, em âmbito global, através geração de pesquisa personalizada, análise e conhecimentos científicos. https://www.iqvia.com/institute