sexta-feira , 26 abril 2024
Capa » Medicina » Dermatite atópica: 5 coisas que você precisa saber

Dermatite atópica: 5 coisas que você precisa saber

Marcada pelo preconceito com as lesões na pele, a doença é causada por uma disfunção no sistema imunológico e não é transmitida de pessoa para pessoa.

 São Paulo, junho de 2020 – A dermatite atópica é uma doença crônica causada por um desequilíbrio no sistema imunológico, chamado de Inflamação Tipo 2, que gera inflamação nas camadas mais profundas da pele, resultando em lesões e coceira intensa1-3. Tal característica aparente e marcante da doença está relacionada com a primeira informação que você precisa saber sobre a dermatite atópica:

  1. Não é transmitida pelo contato entre as pessoas

Os sintomas visíveis são apenas parte da história. Há muito mais acontecendo abaixo da superfície da pele. A causa da dermatite atópica ainda é desconhecida, mas o que a ciência sabe hoje é que a doença decorre de defeitos herdados da função de barreira da pele e de uma disfunção no sistema imunológico, com predominância da resposta inflamatória do tipo 24. Ou seja, ao entrar em contato com um paciente com dermatite atópica, você não irá desenvolver a doença. Não existe contágio de uma pessoa para a outra5.

  1. Pode acometer crianças, adolescentes e adultos

A dermatite atópica acomete até 20% das crianças e até 3% dos adultos6. Por conta dessa grande incidência na infância, a doença normalmente é associada apenas às crianças. De fato, cerca de 85% dos pacientes apresentam os primeiros sinais da doença antes dos cinco anos e, aproximadamente 70% deles têm uma remissão espontânea antes da adolescência6.

No entanto, apesar das manifestações iniciais ocorrerem na infância e da incidência diminuir com a idade, há situações em que a dermatite atópica surge em indivíduos adultos (um terço dos casos)7. Além disso, entre os adultos, a doença pode voltar a aparecer mesmo que haja ausência de sintomas por alguns anos6.

  1. Pode levar a faltas no trabalho e na escola

A doença apresenta graus que variam de leve, moderado a grave. Os casos moderados e graves são os menos comuns, porém os que causam maior impacto físico, emocional e consequentemente na qualidade de vida dos os pacientes. Uma pesquisa realizada em 2018 pelo Instituto Ipsos com 199 pacientes adultos com dermatite atópica moderada a grave revelou que estes faltam no trabalho cerca de 21 dias por ano devido aos sintomas da doença, contabilizando um mês de trabalho.

Já nos adolescentes, a associação de uma doença crônica com os já encontrados desafios da transição para a vida adulta pode estabelecer sensações de fracasso, raiva, perda da autoestima, dificuldades para se relacionar com outras pessoas e medo. Pesquisas revelam que adolescentes entre 14 a 17 anos perdem em média 26 dias escolares por conta da dermatite atópica8.

  1. Está relacionada a depressão e bullying

Ainda segundo a pesquisa do Instituto Ipsos, feita a pedido da Sanofi em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) e com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 35% dos pacientes com dermatite atópica já sofreram algum tipo de preconceito. A discriminação ocorre em ambientes variados, como no transporte coletivo (49%), no local de trabalho (44%) e em escolas ou faculdades (34%). Além disso, 1 em cada 10 entrevistados já perderam a vontade de viver em decorrência da doença.

Quadros de depressão estão presentes em mais da metade (52%) dos adolescentes com dermatite atópica e 39% deles relatam ter sido vítimas de bullying por causa da doença em algum momento da vida8. Durante as crises, 50% dos adolescentes com dermatite atópica se preocupam sobre serem vistos em público e 36% dizem que têm sua autoconfiança abalada8.

  1. Corticoides não são o único tratamento possível

A dermatite atópica pode ser tratada com cremes hidratantes específicos e medicamentos tópicos, incluindo corticoides. Entretanto, alguns pacientes não respondem a terapias tópicas ou não têm recomendação para utilizá-las. Neste cenário, o arsenal terapêutico até o ano passado era limitado para o tratamento eficaz e seguro a longo prazo, principalmente no caso de pacientes adultos que convivem com a doença por muitos anos, em geral por mais de 25 anos, e representam a maior população de pacientes graves9.

Desde 2019, pacientes adultos e adolescentes entre 12 e 17 anos com dermatite atópica moderada a grave têm uma nova opção de tratamento. Dupixent® (dupilumabe), o primeiro da classe de biológicos para a dermatite atópica. Dupixent® (dupilumabe) é indicado quando a doença não é adequadamente controlada com tratamentos tópicos ou quando estes não são aconselhados. Ao contrário dos tratamentos sistêmicos anteriormente disponíveis para tais casos da doença, dupilumabe tem perfil de eficácia e segurança superior a longo prazo10.

 Sobre a Sanofi Genzyme

A inovação para a ciência é um dos pilares da Sanofi Genzyme, a unidade de negócios global de doenças de alta complexidade da Sanofi, focada em cinco áreas: doenças raras, esclerose múltipla, oncologia, imunologia e distúrbios raros do sangue.

Dedicada a transformar os novos conhecimentos científicos em soluções para os desafios de saúde, com tratamentos para doenças normalmente difíceis de diagnosticar e caracterizadas como necessidades médicas não atendidas, a Sanofi Genzyme foi a primeira a desenvolver terapia de reposição enzimática para doenças de armazenamento lisossômico (LSDs).

Fundada como Genzyme em Boston (Estados Unidos) em 1981, rapidamente cresceu para se tornar uma das principais empresas de biotecnologia do mundo. A Genzyme tornou-se parte da Sanofi em 2011.

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

Referências

  1. Eichenfield et al. Guidelines of Care for Atopic Dermatitis. J Am Acad Dermatol. 2014;70(2):338-51.
  2. European Dermatology Forum. Guideline to treatment. Available at: http://www.euroderm.org/edf/index.php/edf-guidelines/category/5-guidelines-miscellaneous?download=36:guideline-treatment-of-atopic-eczema-atopic-dermatitis. Accessed December 2016
  3. Gelmetti and Wolleberg. Atopic dermatitis- all you can do from the outside. Br J Dermatol. 2014;170 Suppl 1:19-24.
  4. Castro APM, et al. Guia Prático para o Manejo da Dermatite Atópica – opinião conjunta de especialistas em alergologia da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rev. bras. alerg. imunolpatol 2006; 29(6):268-82.
  5. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/dermatite-atopica/59/. Acesso em Março, 2020.
  6. S. Nutten. Atopic Dermatitis: Global Epidemiology and Risk Factors. Ann Nutr Metab 2015;66(suppl 1):8–16).
  7. NIH Handout on Health: Atopic Dermatitis (A type of eczema) 2013. Available at: https://cdn.reachmd.com/uploads/related_-_client_provided_materials/nih_handout_on_health.pdf. Acesso em 17 ago 2018>.
  8. Patient perspectives on the management of atopic dermatitis. Zuberbier T1, Orlow SJ, Paller AS, Taïeb A, Allen R, Hernanz- Hermosa JM, Ocampo-Candiani J, Cox M, Langeraar J, Simon JC. Disponível em:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16815160
  9. Ortiz de Frutos FJ. New horizons in the treatment of atopic dermatitis. Allergol Immunopathol (Madr). 2002 May-Jun;30(3):134-40.
  10. Simpson et al. Two Phase 3 Trials of Dupilumab versus Placebo in Atopic Dermatitis. N Engl J Med. 2017 Mar 6;376(11):1090

Sobre admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*

× Fale com os gestores