sexta-feira , 26 abril 2024
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Brasil segue para 18ª participação na maior feira médica do mundo

Considerado o mais importante encontro de saúde no mundo, evento será realizado entre 18 e 21 de novembro; pavilhão brasileiro terá mais de 30 empresas.

Com a chegada do último trimestre do ano, a indústria de saúde inicia os preparativos para a Feira MEDICA, principal evento do setor no mundo. Com uma plataforma que reúne o que há de mais moderno no segmento e que possibilita o encontro dos maiores players do mercado, a MEDICA receberá pela 18ª vez o Pavilhão Brasileiro organizado pelo Brazilian Health Devices, projeto setorial executado pela ABIMO em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O evento ocorrerá entre 18 e 21 de novembro em Düsseldorf, na Alemanha.

Contribuindo com o desenvolvimento internacional da cadeia produtiva brasileira, a MEDICA está fixada no calendário dos fabricantes nacionais. “Maior feira do setor do mundo, a MEDICA se consolidou como uma vitrine única para maior visibilidade das marcas em âmbito global”, comenta Larissa Gomes, supervisora de projetos e marketing internacional da ABIMO.Para Larissa, estar anualmente no evento reforça a qualidade brasileira perante um mercado extremamente competitivo e exigente. “Ano a ano trabalhamos o Brasil como um país capaz de exportar produtos de qualidade com excelente custo-benefício. Estar na Alemanha continuamente contribui para ampliar a confiança do mundo perante nossa produção”, diz.Para Mario Luiz dos Santos Frizzo, da Exatech — fabricante de instrumentais cirúrgicos que esteve em todas as ações do Brazilian Health Devices na MEDICA — a feira é o principal evento de seu calendário. “Encaramos a MEDICA como uma grande reunião anual onde encontramos nossos parceiros e temos a oportunidade de buscar novos contatos”, pontua. O executivo menciona que o evento trabalha para elevar as exportações mas, também, para ampliar o portfólio da empresa. “Além de garimpar novos clientes, buscamos novos fornecedores.

E a MEDICA contribui com sua enorme vitrine atualizada”, completa.Foi por estar atenta às tendências apresentadas na MEDICA que a Ibramed agregou ainda mais valor ao seu catálogo. “Estamos próximos de lançar um novo produto graças à uma tecnologia que visualizamos durante a edição de 2018 da feira”, conta Daniel Marques. Fabricante de aparelhos para estética e reabilitação, a marca está incorporando a Tecarterapia, terapia por transferência elétrica capacitiva e resistiva de alta frequência. “Teremos o primeiro equipamento do Brasil com essa tecnologia”, esclarece enfatizando que o produto já tem registro no país e que pode ser uma das novidades apresentadas na edição 2019 do evento alemão. “Todos os anos vamos para a MEDICA com um profissional dedicado à pesquisa e desenvolvimento responsável por encontrar novas tecnologias e tendências”, relata.

Desafios para a indústria exportadora — A Feira MEDICA tem caráter mundial e recebe expositores, compradores e visitantes de todos os cantos do mundo, o que faz do âmbito regulatório um dos principais desafios. “Há a predominância de padrões privados e o pedido por certificações como a Marcação CE e o FDA em diversos mercados, mesmo que fora da Europa e dos EUA essa não seja uma exigência legal”, comenta Rafael Cavalcante, coordenador de acesso a mercados da ABIMO.Reconhecendo a necessidade de certificações mundialmente aceitas, a Inpromed estará de volta à Feira MEDICA após cinco anos de afastamento justamente por ter conquistado novas certificações. “Estamos voltando com certificações atualizadas e produtos que passaram por uma atualização tecnológica e estão totalmente alinhados com os padrões atuais”, relata Gabriel Simão da Silva.

Oferecendo produtos médico-hospitalares com as mais modernas tecnologias, a Inpromed visualiza, na MEDICA, a chance de ampliar a penetração em mercados ainda pouco explorados, além de garantir maior aproximação com distribuidores já parceiros. “Estamos trabalhando de forma significativa com a Espanha e a Rússia, além de termos bons contatos em Portugal e reuniões já agendadas com países do leste europeu”, completa Silva.Para Edson Grisanti, da Medpej, além do custo para obter as certificações necessárias, a competição desponta como uma das grandes dificuldades. “Muitas empresas europeias não estão acostumadas a negociar com o Brasil. Ainda lidamos com a forte concorrência local, de empresas já reconhecidas e que ofertam qualidade e, muitas vezes, com compradores que optam por adquirir produtos chineses, que mesmo que não entreguem qualidade, entregam preço”, diz.

Focada no desenvolvimento de produtos para atender às demandas do setor médico-hospitalar, a Medpej segue para a edição 2019 da MEDICA dedicada a fechar negócios com contatos iniciados em 2018. “Esse ano voltamos à feira para conversar melhor com países como Rússia, Indonésia e outras nações da Ásia, tentando inclusive iniciar alguns pedidos”, comenta Grisanti.Mesmo tímido, mercado vê crescimento — A indústria de saúde brasileira pode seguir para a Alemanha em novembro tendo, como base, um tímido, porém importante, desenvolvimento. “Os dados do setor indicam discreto crescimento entre 2018 e 2019. Dentro de um contexto de estagnação econômica do Brasil após anos de recessão, o número deve ser interpretado positivamente”, pontua Rafael Cavalcante.Comparando números entre janeiro e agosto de 2018 com o mesmo período de 2019 temos crescimento de 1,2% nas exportações que saltaram de US$ 440 milhões ano passado para US$ 446 neste ano. As importações também tiveram alta no período, mas com mais lentidão visto que o aumento foi de 0,32%. Radiologia, equipamentos médicos e implantes tiveram variação positiva bastante relevante no período crescendo, respectivamente, 29%, 22% e 21% suas exportações.Na lista de produtos mais exportados pelo Brasil estão instrumentos e aparelhos para odontologia, medicina e cirurgia; artigos e aparelhos ortopédicos, para fraturas e de prótese dentária; cadeiras de dentistas; incubadoras para bebês; próteses articulares; e respiratórios de reanimação.

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