quarta-feira , 1 maio 2024
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Saúde

Medicina humanizada com muita tecnologia

Quando estamos com dor e precisamos de atendimento médico, a primeira coisa que desejamos é que ele seja ágil e prático, afinal, os sintomas não costumam esperar para aparecer. O Brasil é um dos países que mais sofre quando o assunto é saúde, e os modelos tradicionais de atendimento têm afastado cada vez mais os usuários, que além da burocracia, precisam enfrentar horas e horas em filas esperando um atendimento que muitas vezes não é o adequado. Leia Mais »

Diabetes: panorama, prevenção e tratamento

De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o número de brasileiros diagnosticados com diabetes saltou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, no ano passado. Ou seja, em uma década, a doença cresceu 61,8%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, 16 milhões de brasileiros são diabéticos. Leia Mais »

Nanotecnologia é nova arma da ciência contra o câncer

Pesquisadora brasileira tenta aprovação de nanosensores com os órgãos reguladores, como o FDA. Tecnologia de nanômetros também auxilia no desenvolvimento da química analítica. Leia Mais »

SUS disponibiliza mais um medicamento para esclerose múltipla

Incorporação do fumarato de dimetila, usado por 240 mil pacientes em todo mundo, pode beneficiar os pacientes em tratamento no Brasil.  Leia Mais »

Clínica Spés Podologia: Pés de pessoas que praticam corrida e caminhada.

As pessoas que praticam exercícios físicos frequentes, como corridas e caminhadas, precisam ter cuidados especiais com os pés. É comum apresentarem bolhas, descolamento de unha, calos, frieiras, unhas encravadas, rachaduras e unhas roxas. Tudo isso porque, além de sofrerem grande impacto, ficam úmidos e escuros e se transformam no ambiente ideal para a proliferação de fungos. Todos esses problemas têm tratamento e, com cuidado, é possível prevenir a maioria.

“Os calos, por exemplo, são causados quando a distribuição do peso do corpo nos pés não acontece de maneira uniforme. Daí o corpo reage produzindo um aumento da camada superficial da pele”, explica a podóloga Lucinéia Saito, da Clínica Spés Podologia. “Para prevenir este problema, a pessoa precisa escolher tênis apropriados para o esporte. Se possível, fazer o teste da pisada para ver qual é o mais indicado para seus pés. Palmilhas específicas e protetores de silicone também ajudam na prevenção”, completa.

Quando o problema já está instalado, é possível tratar com podologia. “Na clínica, nós vamos desbastando o calo com um bisturi. É um tratamento indolor, que traz alívio imediato para o paciente”, explica Lucinéia.

Outro problema comum é o aparecimento de frieiras, causadas por fungos que se alojam entre os dedos. “Neste caso, a melhor prevenção é usar meias de algodão, que absorvem melhor o suor, tirar o tênis assim que acabar o exercício e fazer a higiene constante dos tênis e dos pés, além, é claro, de enxugar entre os dedos com uma toalha”, orienta a podóloga Janete Azevedo, também da Spés Podologia. “Quase sempre os fungos são tratados com remédio tópico, mas já temos tratamentos muito eficientes com laserterapia, que elimina a proliferação da bactéria e age nas células contaminadas”, explica.

Nas unhas, há três problemas comuns: o hematoma ungueal, também conhecido como unhas roxas, o descolamento e o encravamento. “As unhas roxas são causadas quando os tênis estão apertados ou quando o exercício é feito em uma descida, o que acaba pressionando os dedos. Neste caso, protetores de silicone e tênis mais confortáveis podem evitar o problema”, comenta Janete.

Já para as unhas encravadas, a prevenção mais eficiente é o corte correto, além de tênis adequados. “A unha precisa estar reta e sempre bem aparada para não quebrar. Se a pessoa já tem uma pré-disposição para o problema, o ideal é que o corte seja sempre feito por um profissional ”, recomenda Lucinéia. “Quando encravam, as unhas causam dor e muito desconforto. “O tratamento, neste caso, precisa ser feito por um podólogo para não piorar ainda mais o problema. A unha deve ser desencravada e o local totalmente higienizado. Existem, ainda, tratamentos a laser, que diminuem a dor e aceleram a cicatrização. A aplicação de bandagens é outro tratamento muito eficiente”, explica a podóloga.

As bolhas também são uma vilã para quem gosta de praticar exercício físico. Elas são causadas por causa do atrito excessivo. “Para prevenir, voltamos a falar da qualidade dos tênis. Meias macias e sem costura ajudam bastante na prevenção. Mas se as bolhas já se formaram, é necessário ficar sem praticar o esporte até que elas sequem. É possível fazer o tratamento com um profissional para agilizar a recuperação. Neste caso, é feita a limpeza do local, a remoção da pele morta e o curativo”, explica Janete.

Por fim, outro problema relativamente comum em quem corre são as rachaduras nos calcanhares, causadas pelo atrito da pele. Para prevenir e tratar, é importante fazer a hidratação diária dos pés após a higienização. O ideal é fazer isso pela manhã e à noite, antes de dormir. E, apesar de parecer uma boa solução, o uso de lixas só piora o problema, já que deixa a pele mais fina, podendo até machucá-la.

Novartis lança site sobre cânceres de sangue raros

A Novartis acaba de lançar o site Mielofibrose e Policitemia Vera (http://saude.novartis.com.br/mieloproliferativas), com o objetivo de levar informações para a sociedade e conscientizar sobre esses dois tipos de câncere raros. O site traz textos com explicações sobre cada uma das doenças, além das formas de diagnóstico, tratamentos e dicas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Segundo a Dra. Ana Clara Kneese, médica da Santa Casa de São Paulo, que contribuiu com o site, a mielofibrose e a policitemia vera (PV) são desconhecidas por grande parte da população e até mesmo por muitos profissionais de saúde. Apenas recentemente é que a classe médica buscou desenvolver melhores padrões de reconhecimento desses cânceres, ajudando a difundir o conhecimento.

“É importante que as doenças ganhem visibilidade e todos os envolvidos, tanto da área de saúde quanto da sociedade de forma geral, entendam que a divulgação de conhecimento é fundamental para o diagnóstico, para escolhas terapêuticas e para melhorar a vida dos pacientes no dia a dia”, explica a especialista.

 Neoplasias mieloproliferativas

Estes cânceres pertencem a um grupo de doenças chamado de neoplasias mieloproliferativas¹ ². Nestes casos, as células do sangue não são produzidas de modo adequado. Doenças que fazem parte desse grupo são: mielofibrose, policitemia vera e trombocitemia essencial – essas duas últimas, ao evoluírem, podem causar a mielofibrose. Ainda não se sabem as causas para o surgimento dessas doenças, mas pesquisadores descobriram que elas estão associadas a mutações genéticas adquiridas, ou seja, alterações no DNA que não são herdadas ³.

“Em geral, há a produção de células sanguíneas em exagero. E esse excesso pode promover o espessamento do sangue, no caso da policitemia vera, ou mesmo a formação de fibrose na medula óssea, no caso da mielofibrose. Ao longo do tempo, esse efeito irá acarretar a dificuldade de produção das células sanguíneas, gerando sintomas e complicações para o corpo”, explica a Dra. Ana.

No caso da policitemia vera, os sintomas podem ser: dor de cabeça, aumento ou descompensação de hipertensão arterial, trombose, infarto, derrame, aumento de baço, cansaço, falta de ar e prurido. Já com a mielofibrose, as complicações podem ser cansaço extremo, caquexia, aumento demasiado do baço, anemia, sangramentos e trombose.

Um dos grandes esforços da medicina é para a detecção precoce das doenças. “O importante é descobrir antes de haver complicações, evitando sequelas como um episódio de AVC ou uma trombose, por exemplo, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Apesar de o diagnóstico ter tido melhora significativa nos últimos anos, ainda são doenças complicadas de serem detectadas, pois dependem de um conjunto de critérios, que podem envolver biópsia da medula óssea, análise de mutações nas células sanguíneas, exame de sangue e exame físico”, explica a médica.

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