segunda-feira , 29 abril 2024
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Diretor da Falconi discute novo momento da transformação digital

Frederico Gondim, diretor da unidade de serviços e tecnologia da Falconi, discute os desafios da busca pela inovação e a importância de resultados tangíveis no processo

O mercado está em busca de uma transformação digital, mas agora com eficiência. Na inovação, o termo “digital efficiency” domina as discussões, o que não é por acaso. Depois de uma aceleração digital inevitável causada pela pandemia, muitos negócios se viram com estruturas robustas e um pouco inchadas, o que só funciona para companhias que contam com uma abundância de capital, que ficou mais caro. E agora, devem se preparar para um novo capítulo da transformação digital, pautada por um eterno valor para os gestores: resultado.

Para isso acontecer, é importante que as empresas se lembrem de um conceito básico da agilidade (e das metodologias ágeis tão adotadas ao longo dos últimos anos): ela deve aumentar a qualidade da entrega e é obrigada a gerar valor ao cliente. No fim das contas, o cliente externo é o principal cliente que deve interessar ao negócio.

Nesse novo momento da transformação digital, não é razoável pensar que áreas de tecnologia operem de maneira independente dentro do negócio, e a tecnologia deve servir de maneira transversal às demandas da empresa, embasadas e validadas pelo corpo executivo e trabalhada diariamente na cultura do negócio. A pauta de tecnologia é também uma pauta de gente e precisa estar inserida em todas as áreas.

Muito se fala em envolver as pessoas, mas poucas vezes vemos as diretorias de Recursos Humanos liderando essa pauta de transformação digital e cultural. Para mudar a cultura de uma companhia é preciso entender — e ajudar os funcionários da empresa a entenderem — que reunir competências adicionais nos processos tecnológicos ajudarão negócios a gerar valor e a crescer exponencialmente.

Como ser eficiente digitalmente

Outro ponto complementar às mudanças culturais e de foco do negócio é a forma como as empresas podem usar a tecnologia a seu favor. A inteligência artificial, por exemplo, é capaz de resolver diversos problemas complexos das companhias. Ela, quando bem trabalhada, e com a agilidade, pode ajudar a entregar processos muito mais eficientes, com mais assertividade e a um menor custo.

No entanto, é preciso tomar cuidado, porque empresas têm diversos problemas e desafios a serem enfrentados, e sem uma visão sistêmica bem trabalhada, alinhada com o planejamento estratégico do negócio, corre-se o risco de usar a tecnologia sem um propósito claro. Tecnologias, mesmo as mais modernas, são apenas ferramentas e precisam ser usadas no local e propósito corretos, sem modismos.

Outro ponto importante é preparar a disponibilidade de dados, sem os quais se torna possível usar algumas ferramentas mais avançadas de forma eficiente. Por isso, é importante dar alguns passos para trás neste processo. Estruturar seus dados e fomentar uma cultura de dados integrada com a gestão do negócio é um caminho interessante para quem quer crescer nesse aspecto.

Em resumo, a questão da digital efficiency na inovação envolve uma visão sistêmica e a integração de competências adicionais que geram valor. A agilidade e a cultura de dados são fundamentais para a transformação digital eficiente, e é preciso ter cuidado ao aplicar a IA de forma estratégica e eficiente, com foco. Pessoas continuam sendo chave na transformação e talvez o pilar mais importante para que tudo aconteça. Boas oportunidades e muito trabalho para quem quer inovar de verdade, agora sem modismos e com eficiência.

*Frederico Gondim, diretor da unidade de serviços e tecnologia da Falconi

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