quarta-feira , 1 maio 2024
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Alô, alô biotechs: é hora de olhar para o mercado pet

*Por Alaíde Barbosa, CEO da Capri Venture, em coautoria com Alan Branco Diretor cientifico da petbiomas.  

O crescimento da área de biotech tem promovido uma série de transformações nas indústrias farmacêuticas, alimentícias e de insumos agrícolas. Levando em consideração as linhas de pesquisas do segmento, a aplicação no campo da saúde tem rendido destaque numa época em que o mundo volta os esforços para o combate ao coronavírus. 

Medicamentos, vacinas e alimentos transgênicos são alguns itens criados por meio da biotecnologia. Considerando um mercado em franco crescimento como o pet, é chegada a hora de olhar para a intersecção desses setores.  

O segmento de produtos, serviços e comércio de animais de estimação deve contar com crescimento de 14% em 2022, chegando ao faturamento de R$ 58,9 bilhões, segundo estimativas do Instituto Pet Brasil (IPB). Os números apontam que, apesar do cenário econômico adverso, os brasileiros não deixaram de cuidar dos pets. Pelo contrário, em meio ao isolamento social passaram a valorizar ainda mais a companhia dos amigos de patas, investindo neles. Dessa forma, os pets estão se tornando cada vez mais membros importantes das famílias e não meramente ocupando o espaço de animais de estimação. Como consequência dessa tendência há o aumento de demanda por serviços e produtos que contemplem os interesses desse novo membro da família. 

As pesquisas nessa área têm fornecido a matéria-prima para o fomento e lançamento de novidades nos setores veterinários, especialmente nos que envolvem a nutrição e a saúde. O mercado biotech pode ser uma chave para impulsionar ainda mais esse setor, com soluções que contribuam para qualidade de vida dos animais, bem como para cura e prevenção de doenças. 

Assim, como as vacinas, as tecnologias desenvolvidas pelas biotechs têm sido fundamental para a saúde, qualidade e aumento da expectativa de vida dos humanos. Entretanto, esse avanço não seguiu o mesmo ritmo no setor pet e, atualmente, há uma demanda crescente para a chegada de novos produtos/serviços que atendam os desejos dos tutores em garantir a saúde e o bem-estar dos seus pet. Muitas dessas tecnologias já se encontram disponíveis, bastando apenas a adaptação para animais. Outras precisam ser desenvolvidas em vista de que os pets, pela sua fisiologia e anatomia, têm necessidades específicas.  

 As grandes biotechs de saúde animal estão mais focadas em inovar e desenvolver produtos para animais de produção, enquanto os pets ficam com os já tradicionais vacinas e tratamentos para pulgas, carrapatos e vermes. Dessa maneira, existe uma enorme possibilidade disponível para startups focadas na detecção e tratamento de doenças mais complexas, como câncer por exemplo. 

Para a oferta ampla e aderente, o ideal é garantir serviços segmentados, sempre levando em conta a relação de custo-benefício. Com a segmentação, a empresa acaba se tornando especialista no assunto e, assim, consegue ouvir, entender e responder melhor seus clientes, ganhando a confiança deles e se consolidando como referência. 

Esse é o momento ideal para startups e outras empresas pegarem carona nesse crescimento, tornarem-se pioneiras no mercado e aliadas da causa animal. Quem, por exemplo, consolidar a oferta competitiva de análises de curvas de crescimento de filhotes, avaliações de controle de pH urinário em gatos e digestibilidade dos alimentos, pode se consagrar precursor. 

O mercado de biotecnologia para os pets ainda é muito incipiente. É de suma importância que os grandes players fomentem estudos que beneficiem principalmente a qualidade de vida dos melhores amigos do homem, bem como o desenvolvimento de negócios promissores e inovadores. 

*Alaíde Barbosa é CEO da Capri Venture, uma corporate venture builder que nasceu com o propósito de transformar o ecossistema pet; Alan Branco é Diretor cientifico da pet tech petbiomas.  

Sobre a Capri Venture 

A Capri Venture Builder é uma corporate venture builder que nasceu com o propósito de transformar o ecossistema pet. Tem como idealizadores a conceituada empresa Anilhas Capri, líder na identificação de animais silvestres, que firmou parceria com a FCJ Venture Builder, multinacional pioneira e líder no segmento de venture builder na América Latina. Como a primeira Pet Corporate Venture Brasil, atua em todo segmento com alta expertise em pássaros e genética de animais. 

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