sexta-feira , 26 abril 2024
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Hospitais

Hospital Albert Einstein ganha salas de telepresença para reuniões à distância com executivos, médicos e conselheiros

Desenvolvido pela Go Ahead no valor de R$ 350 mil, projeto permite realizar chamadas de vídeo conferência por meio de uma simples interação ao toque de um botão de comando. Leia Mais »

Johnson & Johnson Medical Devices inaugura seu maior Centro de Distribuição da América Latina em São Paulo

A Johnson & Johnson Medical Devices inaugurou no GLP Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, seu maior Centro de Distribuição integrado da América Latina. Resultado de um investimento de R$ 30 milhões, o espaço disponibilizará mais de 14 mil itens dentre todas as franquias da marca – desde dispositivos cirúrgicos até próteses, implantes e insumos cirúrgicos-, atendendo milhares de procedimentos cirúrgicos diariamente. Leia Mais »

Estar atento ao coração é fundamental durante atividades físicas

Monitores cardíacos ajudam a estabelecer parâmetros de segurança para os exercícios e permitem conhecer a zona de frequência cardíaca (FC).

Cardiologista esclarece como calcular a Frequência Cardíaca Máxima (FCM)Para muitas pessoas, a maior preocupação durante a prática de qualquer exercício é o condicionamento físico. Embora seja importante, a saúde do coração precisa ser priorizada. Por meio de equipamentos específicos, é possível identificar eventuais alterações no batimento cardíaco, verificar se a atividade está exigindo muito do organismo e, consequentemente, prevenir eventuais lesões articulares e musculares.Para o cirurgião cardiovascular e coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Santa Catarina (SP), Diego Felipe Gaia, há três importantes indicadores que podem ser observados ao ‘olhar o coração’ durante qualquer atividade, seja corrida, natação, bicicleta ou até mesmo nas academias:

1. A medição dos batimentos cardíacos permite estabelecer parâmetros de segurança durante a atividade;

2. Conhecer a zona de frequência cardíaca (FC), que revela se a intensidade da atividade está adequada;

3. Evitar o desgaste exagerado dos músculos e articulações, já que pode ser sinal de cansaço caso os batimentos estejam altos.Identificar a frequência cardíaca é vital para desempenho

O médico esclarece que “o corpo possui um limite e, ao desrespeitá-lo, o custo pode ser irreversível. Lesões musculares e articulares são graves, mas trazer riscos à saúde do coração pode ser fatal. Por isso, seja para exercícios ou para o dia a dia, é importante saber calcular a Frequência Cardíaca Máxima (FCM), que é o número máximo de batimentos que o coração pode suportar por minuto”.”Uma fórmula muito utilizada é subtrair a sua idade do número 220.

O resultado representa o número máximo que o coração pode bater por minuto”. Doutor Diego pondera, entretanto, que “cada organismo reage de uma maneira e, antes de praticar qualquer atividade física, o recomendado é que a pessoa consulte um especialista”.Sobre o Hospital Santa Catarina

O Hospital Santa Catarina, que completou 111 anos de fundação em 2017, prima pela excelência no atendimento seguro e humanizado. Referência de qualidade em serviços de saúde no Brasil, atende desde pequenos procedimentos até cirurgias de alta complexidade. A instituição filantrópica é parte da Associação Congregação de Santa Catarina, a qual compõe uma rede social que atua nos eixos da saúde, educação e assistência social. Congrega cerca de 17 mil colaboradores, distribuídos em diversas obras sociais e programas de apoio em oito Estados brasileiros.

Com infraestrutura moderna, equipamentos de última geração e profissionais altamente qualificados, o Hospital Santa Catarina dispõe de 240 leitos de internação, 75 leitos de UTI, 16 salas de cirurgia, cinco Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs neurológica, cardiológica, pediátrica, geral e multidisciplinar) e pronto atendimento 24 horas.

Nasce no HC 1º bebê gerado em útero transplantado de doadora falecida do mundo

Nasceu no último dia 15, sexta-feira, no Hospital das Clínicas da FMUSP, o primeiro bebê gerado em útero transplantado de doadora falecida do mundo. A criança nasceu saudável após cesárea. Mãe e bebê passam bem e estão sendo acompanhadas por equipe multidisciplinar do Hospital das Clínicas. Leia Mais »

Inscrições abertas para concurso de residência médica em transplante de medula óssea no HAC

Três vagas disponíveis para a especialização que dura um ano e tem como pré-requisito formação em hematologia e hemoterapia; inscrições para o processo seletivo até 31 de dezembro. Leia Mais »

Instituto do Câncer oferece programa de distribuição de livros aos pacientes internados

Para promover entretenimento e cultura aos pacientes, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade do Complexo do Hospital das Clínicas, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, oferece um acervo rotativo de livros de diversos gêneros, de clássicos da literatura brasileira a títulos de romance e até poesia. Leia Mais »

Emílio Ribas ganha nova UTI e moderno centro de diagnósticos

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da Secretaria de Estado da Saúde, ganhou na última sexta-feira, 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, um prédio anexo que abrigará uma nova UTI e um moderno centro de diagnósticos.

Esta é a primeira fase da maior obra de ampliação e modernização da história do hospital, inaugurado em 1880, referência nacional no tratamento de doenças infectocontagiosas. O investimento do governo do Estado na reforma totaliza R$ 189 milhões.

A nova torre possui 13 novos leitos de UTI. Nos próximos dias o prédio também terá instalado os equipamentos do novo Parque Tecnológico do Centro de Diagnóstico do hospital. Os 40 primeiros leitos novos do prédio hospitalar antigo também estão sendo entregues nesta fase.

Diagnósticos mais precisos, rápidos e seguros poderão ser realizados por meio do investimento de R$ 4,5 milhões em alta tecnologia para o Centro de Diagnóstico, que passa a contar com equipamentos de última geração, como um aparelho de radiodiagnóstico telecomandado, três aparelhos de ultrassom doppler colorido, 13 vídeoendoscópios e sistema de digitalização de imagens.

Os novos leitos de UTI são integralmente equipados com o sistema de “pressão negativa” que permite o tratamento do ar e o adequado isolamento e proteção dos pacientes e profissionais. Já os primeiros 40 leitos entregues no prédio hospitalar antigo são equipados com camas de comando eletrônico, que possibilitam mais comodidade aos pacientes e às equipes de enfermagem no dia a dia.

O próximo passo será a continuidade da reforma no prédio hospitalar, que foi erguido nos anos 50. As obras estão sendo realizadas em etapas para não prejudicar o funcionamento do hospital e, quando concluídas, o número de leitos (comuns) aumentará 47%, saltando de 165 para 242 e os leitos de UTI serão praticamente triplicados, passando de 17 para 47.

O Emílio Ribas deverá ser o primeiro hospital público da administração direta do Estado a receber um selo verde, no caso a certificação Acqua da Fundação Vanzolini. A unidade passará a ter, por exemplo, placas para o reaproveitamento da luz solar, sistemas inteligentes para a redução do consumo de água e sistema de captação de energia solar para complementar o aquecimento da água utilizada nos banhos.

“O Emílio Ribas é uma grande referência para São Paulo e Brasil no tratamento de doenças infectocontagiosas, e oferece atendimento de excelência aos pacientes que vivem e convivem com HIV/Aids. Essas obras de reforma e ampliação reforçam o compromisso do Governo do Estado de garantir cada vez mais qualidade e conforto para os usuários do SUS”, afirma o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

 

 

Santa Casa inaugura serviço em imunologia, alergia e pesquisas de imunogenética para câncer

A Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em acordo científico com o Departamento de Genética e Medicina Molecular da Universidade Laval, de Quebeque, no Canadá, e em colaboração com a empresa canadense Canada Gene Therapy Group, vai inaugurar seu novo Serviço de Imunologia e Alergia Clínica Experimental. Com abertura em 30 de novembro (quinta-feira), às 10h30, o serviço contará com um núcleo de tratamento em melanoma (câncer de pele) com imunoterapia e um setor de infusão de imunobiológicos para leucemia linfoblástica aguda (câncer no sangue) e linfoma. Haverá coordenadores especialistas em cada área de estudo. Aberto à população, a unidade também terá atendimentos diários em doenças alérgicas e imunológicas de alta complexidade, como no caso de asma grave, abortamento por causa imunitária e infecções de repetição em crianças com imunodeficiências primárias.

Conhecida por sua trajetória no âmbito social, a Santa Casa pretende levar tratamentos de última geração para aqueles que não têm acesso – diz Francisco Horta, provedor da instituição.

Com alguns procedimentos gratuitos (dependendo de cada caso) e/ou com preços populares, a unidade estará à disposição de todos, de segunda a sexta, das 9h às 18h. Para marcação de consultas, os interessados poderão comparecer diretamente à Santa Casa, na Rua Santa Luzia 50, no Centro, no pavilhão São Vicente de Paulo.

Com os investimentos e as parcerias internacionais, a nova unidade da Santa Casa pretende estar entre os centros de referência do Brasil em imunologia e pesquisas com imunoterapia para o câncer – comenta o respeitado imunologista clínico e chefe do novo serviço, o professor Luiz Werber-Bandeira, ressaltando que mais de R$ 600 mil foram investidos nos novos laboratórios e no setor clínico. De acordo com o especialista, mais investimentos ainda são esperados para os próximos meses.

Com o apoio da Universidade Laval e do Canadá Gene Therapy Group, vamos desenvolver pesquisas importantes com imunoterapia e no âmbito da terapia gênica para o tratamento de diferentes tipos de neoplasias – completa.

Tecnologia de ponta

A equipe de Werber-Bandeira  vai conduzir pesquisas específicas com a associação da técnica CRISPR-CAS9, que consiste na programação de uma proteína capaz de interagir com qualquer segmento do código genético de células humanas, bactérias e vírus. Essa tecnologia – que já é aplicada em grande escala na Universidade Laval – é considerada uma importante inovação na medicina mundial, especialmente pela facilidade na aplicação e por seu baixo custo operacional. Através desta programação, qualquer doença de cunho genético poderá ser corrigida, em teoria, já que a técnica pode ser replicada e adaptada de acordo com a mutação no código genético a ser atingido.

Nós já utilizamos a técnica de edição genética CRISPR-CAS9 em doenças como Alzheimer e distrofia de duchenne, com sucesso em humanos. Por meio do nosso acordo, vamos levá-la para estudos no Brasil em melanoma, câncer de pulmão e outros tipos de neoplasias – destaca o chefe do Departamento de Genética e Medicina Molecular da Universidade Laval, o professor Jacques P. Tremblay, que se dedica há décadas aos estudos em cultura celular e terapia gênica.

Além das atividades no novo serviço da Santa Casa, também serão conduzidas pesquisas no Laboratório de Biologia Molecular aplicada a Microbactérias da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Dr. Adalberto Santos, pesquisador em saúde pública da instituição. Os pesquisadores esperam apresentar resultados em humanos em cerca de 5 anos.

Intercâmbio científico

Com a parceria binacional, haverá intercâmbio de profissionais entre instituições do Brasil e do Canadá. Professores, coordenadores e alunos brasileiros contarão com um núcleo da pós-graduação  em genética na Universidade Laval. A formação – que começará em março de 2018 – terá duração de dois anos, com extensão em mestrado por mais um ano. Pesquisadores canadenses passarão cerca de quatro meses no Brasil em treinamento da equipe da Santa Casa.

Para nós, é um orgulho  sermos os responsáveis por fazer a ponte entre instituições e cientistas do Brasil e do Canadá, principalmente no que diz respeito à importação da tecnologia CRISPR-CAS9, altamente promissora no tratamento de doenças genéticas como no caso do câncer – celebram os CEOS da empresa canadense Canada Gene Therapy Group, os médicos Marcello Bossois e Patricia Schlinkert. Segundo o ex-alunos do professor Werber-Bandeira, o novo serviço estará em “pé de igualdade” com os principais centros mundiais na área de cirurgia do DNA.

Gerando frutos

Marcello Bossois, que também é coordenador do projeto social Brasil Sem Alergia, diz que sua formação no Serviço de Imunologia e Alergia da Santa Casa foi fundamental para sua trajetória profissional.

Ter estudado em uma instituição que tem como seu objetivo prinicipal trabalhos sociais foi decisivo para minhas escolhas profissionais – conta o médico.

Com 10 anos de atividades no Estado do Rio de Janeiro, o Brasil Sem Alergia já realizou mais de 300 mil atendimentos gratuitos para o tratamento de alergias e doenças imunológicas.

Serviço

Atendimentos em alergias e doenças imunológicas de alta complexidade; pesquisas para câncer com imunoterapia

Data de inauguração: 30 de novembro (quinta-feira)

Horário: 10h30

Endereço: Rua Santa Luzia 50, Centro do Rio

Santa Casa inaugura serviço em imunologia, alergia e pesquisas de imunogenética para câncer

A Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em acordo científico com o Departamento de Genética e Medicina Molecular da Universidade Laval, de Quebeque, no Canadá, e em colaboração com a empresa canadense Canada Gene Therapy Group, vai inaugurar seu novo Serviço de Imunologia e Alergia Clínica Experimental. Com abertura em 30 de novembro (quinta-feira), às 10h30, o serviço contará com um núcleo de tratamento em melanoma (câncer de pele) com imunoterapia e um setor de infusão de imunobiológicos para leucemia linfoblástica aguda (câncer no sangue) e linfoma. Haverá coordenadores especialistas em cada área de estudo. Aberto à população, a unidade também terá atendimentos diários em doenças alérgicas e imunológicas de alta complexidade, como no caso de asma grave, abortamento por causa imunitária e infecções de repetição em crianças com imunodeficiências primárias.

Conhecida por sua trajetória no âmbito social, a Santa Casa pretende levar tratamentos de última geração para aqueles que não têm acesso – diz Francisco Horta, provedor da instituição.

Com alguns procedimentos gratuitos (dependendo de cada caso) e/ou com preços populares, a unidade estará à disposição de todos, de segunda a sexta, das 9h às 18h. Para marcação de consultas, os interessados poderão comparecer diretamente à Santa Casa, na Rua Santa Luzia 50, no Centro, no pavilhão São Vicente de Paulo.

Com os investimentos e as parcerias internacionais, a nova unidade da Santa Casa pretende estar entre os centros de referência do Brasil em imunologia e pesquisas com imunoterapia para o câncer – comenta o respeitado imunologista clínico e chefe do novo serviço, o professor Luiz Werber-Bandeira, ressaltando que mais de R$ 600 mil foram investidos nos novos laboratórios e no setor clínico. De acordo com o especialista, mais investimentos ainda são esperados para os próximos meses.

Com o apoio da Universidade Laval e do Canadá Gene Therapy Group, vamos desenvolver pesquisas importantes com imunoterapia e no âmbito da terapia gênica para o tratamento de diferentes tipos de neoplasias – completa.

Tecnologia de ponta

A equipe de Werber-Bandeira  vai conduzir pesquisas específicas com a associação da técnica CRISPR-CAS9, que consiste na programação de uma proteína capaz de interagir com qualquer segmento do código genético de células humanas, bactérias e vírus. Essa tecnologia – que já é aplicada em grande escala na Universidade Laval – é considerada uma importante inovação na medicina mundial, especialmente pela facilidade na aplicação e por seu baixo custo operacional. Através desta programação, qualquer doença de cunho genético poderá ser corrigida, em teoria, já que a técnica pode ser replicada e adaptada de acordo com a mutação no código genético a ser atingido.

Nós já utilizamos a técnica de edição genética CRISPR-CAS9 em doenças como Alzheimer e distrofia de duchenne, com sucesso em humanos. Por meio do nosso acordo, vamos levá-la para estudos no Brasil em melanoma, câncer de pulmão e outros tipos de neoplasias – destaca o chefe do Departamento de Genética e Medicina Molecular da Universidade Laval, o professor Jacques P. Tremblay, que se dedica há décadas aos estudos em cultura celular e terapia gênica.

Além das atividades no novo serviço da Santa Casa, também serão conduzidas pesquisas no Laboratório de Biologia Molecular aplicada a Microbactérias da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Dr. Adalberto Santos, pesquisador em saúde pública da instituição. Os pesquisadores esperam apresentar resultados em humanos em cerca de 5 anos.

Intercâmbio científico

Com a parceria binacional, haverá intercâmbio de profissionais entre instituições do Brasil e do Canadá. Professores, coordenadores e alunos brasileiros contarão com um núcleo da pós-graduação  em genética na Universidade Laval. A formação – que começará em março de 2018 – terá duração de dois anos, com extensão em mestrado por mais um ano. Pesquisadores canadenses passarão cerca de quatro meses no Brasil em treinamento da equipe da Santa Casa.

Para nós, é um orgulho  sermos os responsáveis por fazer a ponte entre instituições e cientistas do Brasil e do Canadá, principalmente no que diz respeito à importação da tecnologia CRISPR-CAS9, altamente promissora no tratamento de doenças genéticas como no caso do câncer – celebram os CEOS da empresa canadense Canada Gene Therapy Group, os médicos Marcello Bossois e Patricia Schlinkert. Segundo o ex-alunos do professor Werber-Bandeira, o novo serviço estará em “pé de igualdade” com os principais centros mundiais na área de cirurgia do DNA.

Gerando frutos

Marcello Bossois, que também é coordenador do projeto social Brasil Sem Alergia, diz que sua formação no Serviço de Imunologia e Alergia da Santa Casa foi fundamental para sua trajetória profissional.

Ter estudado em uma instituição que tem como seu objetivo prinicipal trabalhos sociais foi decisivo para minhas escolhas profissionais – conta o médico.

Com 10 anos de atividades no Estado do Rio de Janeiro, o Brasil Sem Alergia já realizou mais de 300 mil atendimentos gratuitos para o tratamento de alergias e doenças imunológicas.

Serviço

Atendimentos em alergias e doenças imunológicas de alta complexidade; pesquisas para câncer com imunoterapia

Data de inauguração: 30 de novembro (quinta-feira)

Horário: 10h30

Endereço: Rua Santa Luzia 50, Centro do Rio

A cada 5 minutos, 3 brasileiros morrem nos hospitais por falhas que poderiam ser evitadas

Os eventos adversos em hospitais são a segunda causa de morte mais comum no Brasil. Todo dia, 829 brasileiros falecem em decorrência de condições adquiridas nos hospitais, o que equivale a três mortos a cada cinco minutos. Os números integram o primeiro Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) a partir de um termo de cooperação entre as duas instituições.

Apenas para efeito de comparação, também no ano passado, dados do Observatório Nacional de Segurança Viária indicam a morte de aproximadamente 129 brasileiros por acidente de trânsito a cada dia; o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública) aponta cerca de 164 mortes violentas (por homicídio e latrocínio, entre outros) por dia; e, o câncer mata 480 a 520 brasileiros por dia, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Isso significa que os eventos adversos matam mais do que a soma de acidentes de trânsito, homicídios, latrocínio e câncer. Apenas as doenças cardiovasculares, consideradas a principal causa de falecimento no mundo, matam mais pessoa no País: são 950 brasileiros por dia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O falecimento de 302.610 brasileiros em hospitais públicos ou privados como consequência de um “evento adverso”, apenas em 2016, é resultado, por exemplo, de erros de dosagem ou aplicação de medicamentos, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar, entre inúmeros outros casos. Não significa, necessariamente, que houve um erro, negligência ou baixa qualidade, mas trata-se de incidente que poderia ter sido evitado, na maior parte das vezes.

Além do óbito, os eventos adversos também podem gerar sequelas com comprometimento do exercício das atividades da vida do paciente e sofrimento psíquico, além de elevar o custo assistencial. De acordo com o Anuário, dos 19,1 milhões de brasileiros internados em hospitais ao longo de 2016, 1,4 milhão foram “vítimas” de ao menos um evento adverso.

“Não existe sistema de saúde que seja infalível. Mesmo os mais avançados também sofrem com eventos adversos. O que acontece no Brasil está inserido em um contexto global de falhas da assistência à saúde nos diversos processos hospitalares. A diferença é que, no caso brasileiro, apesar dos esforços, há pouca transparência sobre essas informações e, sem termos clareza sobre o tamanho do problema, fica muito difícil começar a enfrentá-lo”, afirma o Dr. Renato Couto, professor da UFMG e um dos responsáveis pelo Anuário.

No mundo, de acordo com o documento, ocorrem anualmente 421 milhões de internações hospitalares e 42,7 milhões de eventos adversos, um problema de saúde pública reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos Estados Unidos, país com população de quase 325 milhões de pessoas, os eventos adversos causam 400 mil óbitos por ano, ou 1.096 por dia. O que faz com que esta seja a terceira causa de morte mais comum naquele país, atrás apenas de doenças cardiovasculares e do câncer.

“O dado mais alarmante na comparação com os Estados Unidos é que o total de falecimentos por dia causados por eventos adversos está próximo do brasileiro. São 1.096 lá e 829 aqui. Mas a população norte americana é 55,6% maior do que a nossa. Eles são 323,1 milhões, enquanto nós somos 207,7 milhões”, alerta Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS. “Precisamos estabelecer um debate nacional sobre a qualidade dos serviços prestados na saúde a partir da mensuração de desempenho dos prestadores e, assim, prover o paciente com o máximo possível de informações para escolher a quem ele vai confiar os cuidados com sua vida.”

O executivo destaca que, hoje, quando alguém escolhe um determinado hospital para se internar, essa decisão se baseia apenas em uma percepção de qualidade, na recomendação de um médico ou na opinião de conhecidos. Mas ninguém tem condições de garantir que aquele prestador realmente é qualificado, simplesmente porque não temos indicadores de qualidade claros e amplamente conhecidos, como acontece em outros países. “Não há como saber quantas infecções hospitalares foram registradas no último ano, qual é a média de óbitos por diagnóstico, qual é a média de reinternações e por aí afora”, critica Carneiro.

O estudo aponta, ainda, que os pacientes com alguma condição adquirida em função de evento adverso permaneceram internados aproximadamente três vezes mais do que o tempo previsto quando foram inicialmente admitidos nos hospitais.

Além das vidas perdidas, o Anuário projeta que, em 2016, os eventos adversos consumiram R$ 10,9 bilhões de recursos que poderiam ter sido melhor aplicados, apenas na saúde suplementar brasileira. Não foi possível estimar as perdas para o SUS porque os valores pagos aos hospitais se originam das Autorizações de Internações Hospitalares (AIHs) e são fixados nas contratualizações, existindo outras fontes de receita não operacionais, com enorme variação em todo o Brasil.

Erros mais frequentes

Ainda de acordo com o Anuário, as vítimas mais frequentes de eventos adversos são pacientes com menos de 28 dias de vida ou mais de 60 anos. As infecções hospitalares respondem por 9,7% das ocorrências. As condições mais frequentes são: lesão por pressão; infecção urinária associada ao uso de sonda vesical; infecção de sítio cirúrgico; fraturas ou lesões decorrentes de quedas ou traumatismos dentro do hospital; trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; e, infecções relacionadas ao uso de cateter venoso central.

Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

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