sexta-feira , 19 abril 2024
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Uso medicinal de cannabis pode beneficiar pacientes com transtornos mentais
psiquiatra da Holiste Psiquiatria, Luiz Guimarães

Uso medicinal de cannabis pode beneficiar pacientes com transtornos mentais

Nesta semana, um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o Supremo Tribunal Federal determine um prazo para o governo regulamentar o plantio da cannabis sativa, a planta da maconha, para fins medicinais reacendeu dúvidas e debates sobre os benefícios da substância no tratamento de certas patologias. Um dos segmentos dentro da área da saúde que se beneficia do uso da cannabis medicinal é a saúde mental, pois pode contribuir para o tratamento de doenças como o Alzheimer.

O psiquiatra da Holiste Psiquiatria, Luiz Guimarães, destaca que entre as principais doenças que podem ser tratadas com a substância estão dor, autismo, epilepsia, HIV, câncer, doenças neurodegenerativas, mal de Parkinson, doença de Alzheimer, caquexia, glaucoma e transtorno de estresse pós trauma.

“As vantagens que a cannabis medicinal oferece são o menor risco de efeitos colaterais e a maior eficácia que algumas medicações que estão em uso. Assim como qualquer fármaco, existem riscos e contraindicações, mas isso será avaliado e considerado pelo médico”, destaca.

No Brasil, o uso terapêutico de canabidiol foi autorizado pela Anvisa em 2015, mas o processo de importação é longo. Dados apontam que, no Brasil, de 2015 a maio de 2018, os produtos derivados da maconha foram prescritos por mais 800 médicos e 4.617 pessoas já tinham obtido autorização para importar a substância para uso próprio. Para comprar a medicação, o paciente precisa ter uma receita especial e passar por diversas etapas de autorização da Anvisa para a importação, além de ter a permissão a Receita Federal para a entrada da medicação no país.

Utilização

No Mundo, mais de 40 países já utilizam a cannabis para uso medicinal, permitindo o plantio para pesquisa e para o tratamento de várias doenças. Raquel Dodge pontuou que a indefinição sobre a matéria inviabiliza que inúmeros pacientes tenham acesso a substâncias aptas a restabelecer ou melhorar sua saúde e qualidade de vida. A procuradora-geral enfatizou que não está em discussão a liberação total da planta ou o uso recreativo.

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