quarta-feira , 24 abril 2024
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Setor farmacêutico aposta nos dados dos consumidores como estratégia para aumentar a qualidade de produtos e serviços

Mercado brasileiro movimenta cerca de R 70 bilhões por ano, cresceu 106,49% no e-commerce e pretende avançar mais

Hoje, é comum informar o CPF no balcão de uma rede de farmácias antes mesmo da checagem de algum medicamento em estoque. A justificativa é válida, uma vez que o procedimento garante aos estabelecimentos a criação de uma vasta base de dados, com informações bastante relevantes sobre o comportamento de compra das pessoas. Isso permite descontos, cashback, facilidade de pagamento, entre outros benefícios. Tudo feito em total conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. No entanto, com o boom do e-commerce no último ano e meio, o setor farmacêutico entendeu que precisava se apoiar em diferentes estratégias para impulsionar a sua relação com o consumidor final.

É nesse momento que o D2C (direct to consumer) virou um dos principais pilares de atuação destas marcas na oferta de uma experiência de compra ainda mais completa. Portanto, desenvolver um e-commerce próprio, realizar entregas cada vez mais rápidas, baratear o custo do frete e inserir-se em novos canais de venda, são algumas das tendências já praticadas pelo setor.

O Brasil possui mais de 80 mil farmácias e drogarias, segundo o Conselho Federal de Farmácia. O setor, hoje, movimenta cerca de R﹩70 bilhões no mercado brasileiro, conforme diz o levantamento da consultoria IQVIA. De acordo com a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria) em 2020, o faturamento no online mais que dobrou diante da pandemia, apresentando um crescimento de 106,49% em relação a 2019.

A tendência é que o sucesso se repita também em 2021. Na 44ª edição do “Webshoppers – Aplicativos de entrega”, o mais amplo relatório sobre e-commerce do país divulgado semestralmente pelo E-bit|Nielsen, foi constatado que 46% dos consumidores de delivery de farmácia têm como principal missão de compra o uso imediato.

Segundo Rafael Scaramucci, head de marketplace da Synapcom , empresa líder em full commerce, o futuro da indústria farmacêutica será pautado em estratégias de vendas diretas ao consumidor final. “Eu vejo a farmácia do futuro com foco no D2C. Efetivamente, a indústria conhecendo cada vez mais o cliente final, vai fazer produtos melhores, inclusive, vai agradar mais o profissional da saúde ao levar um atendimento humanizado, que conhece o histórico dos pacientes e pode acompanhar o tratamento do cliente do início ao fim”, explica.

Para Scaramucci, a partir do D2C é possível coletar importantes dados sobre o comportamento de compra destes consumidores, o que vai ajudar ainda mais as marcas na oferta de uma variedade de produtos e uma maior qualidade.

“Foi-se o tempo em que as pessoas compravam apenas medicamentos nas farmácias. De vitaminas e suplementos a cosméticos e produtos de higiene pessoal, hoje, é comum comprarmos de tudo num mesmo local, seja ele físico ou digital. Por isso, a relação direta com este consumidor será fundamental para entendermos essas pessoas e proporcionarmos uma jornada de compra mais completa”, conclui.

A Synapcom é responsável por integrar grande parte do setor ao modelo D2C com projetos realizados para, dentre outras marcas, a Hypera Pharma. Recentemente, a empresa foi incorporada à Infracommerce, juntando, assim, o melhor do B2C e do B2B no comércio online.

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