sexta-feira , 29 março 2024
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Pfizer estima que Brexit vai lhe custar US$ 100 milhões

As empresas europeias não são as únicas que sofrem com o Brexit. A Pfizer, gigante do setor de remédios com sede nos EUA, afirma que lidar com a futura separação terá um custo de US$ 100 milhões.

A iminente ruptura do Reino Unido com a UE poderá segurar mercadorias em fronteiras que agora estão completamente abertas e forçar as empresas a duplicar o trabalho de regulamentação. A Pfizer afirmou em um e-mail que seus custos derivam da transferência de testes de produtos e licenças para outros países, da modificação dos procedimentos de gerenciamento de testes clínicos e de outras medidas preventivas.

A empresa está trabalhando “para atender aos requisitos jurídicos da UE depois que o Reino Unido deixar de ser um estado-membro, especialmente nas áreas de regulamentação, manufatura e cadeia de abastecimento”, segundo um documento do mês passado em que a estimativa de custo foi citada.

A Pfizer – que obteve no Reino Unido cerca de 2 por cento de seus US$ 53 bilhões em receita de 2017 – ilustra o dilema da indústria farmacêutica, que se prepara para um Brexit duro, sem acordo. A incerteza sobre as consequências forçou empresas como AstraZeneca, GlaxoSmithKline e Merck & Co., esta última com sede nos EUA, a se prepararem para a pior hipótese possível. Centenas de milhões de libras estão sendo gastas nos preparativos em vez de irem para o desenvolvimento de novos tratamentos, afirmou o chefe de um grupo do setor em junho.

Pessoas e produtos

Empresas farmacêuticas em todo o mundo há muito confiam na capacidade de transportar pessoas e bens para dentro e fora dos países, e a saída do Reino Unido da UE poderia complicar muitos aspectos de suas operações. O Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido pediu no mês passado que as farmacêuticas acumulem estoques de seus produtos suficientes para seis semanas como modo de se preparar para possíveis atrasos na entrega.

Polêmicas continuam surgindo em torno dos planos do Reino Unido enquanto a primeira-ministra Theresa May trabalha para elaborar um acordo para sair da UE. O Brexit já custou ao Reino Unido mais de 2 por cento de sua produção econômica, segundo uma análise do UBS Group publicada na segunda-feira.

Milhares de quilômetros

Empresas de saúde com sedes a milhares de quilômetros do epicentro do Brexit têm alertado sobre o impacto em seus negócios desde o referendo de 2016. A Johnson & Johnson, a McKesson e a Regeneron Pharmaceuticals estão entre as companhias dos EUA que sinalizaram esse risco.

A Pfizer começou a se referir ao Brexit como parte de um ambiente econômico global desafiador nos registros do ano passado. A empresa afirmou que está pressionando o Reino Unido e a UE a elaborar um acordo para que seus sistemas regulatórios se mantenham coordenados após a separação.

“A fim de minimizar qualquer impacto potencial para o paciente e para garantir que possamos continuar abastecendo a UE e o Reino Unido, realizamos um trabalho que abrangeu todas as hipóteses para o Brexit”, afirmou a empresa.

Fonte: UOL

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