sexta-feira , 19 abril 2024
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Pesquisadores da UFRJ mapeiam atividades profissionais mais ameaçadas pela COVID-19

Pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mapearam o índice de risco de contaminação dos trabalhadores brasileiros pelo coronavírus, em relação às suas atividades profissionais.

De acordo com o estudo, 2,6 milhões de profissionais da área de saúde apresentam risco de contágio acima de 50%. Dentre eles, os mais vulneráveis são os técnicos em saúde bucal, um total de 12.461 profissionais, com 100% de risco de contágio, em função do ambiente e da proximidade física com os pacientes.

Vendedores varejistas, operadores de caixas, entre outros profissionais do comércio que, juntos, somam cerca de 5 milhões de trabalhadores no país, apresentam, em média, 53% de risco de serem infectados pela COVID-19. Caso as aulas não tivessem sido suspensas, os professores também estariam no grupo de profissionais mais afetados, com índice de risco acima de 70%.

O estudo foi liderado pelo pesquisador Yuri Lima, do Laboratório do Futuro da Coppe, que é coordenado pelo professor Jano Moreira de Souza.

Ainda de acordo com o estudo, os trabalhadores menos vulneráveis são os que exercem suas atividades de forma quase solitária, com destaque para os 14.215 operadores de motosserra, cuja maioria trabalha nas áreas rurais e apresenta risco de 18%. Outros menos prováveis de serem infectados, com média de 19%, são roteiristas, escritores, poetas e outros que fazem parte de um grupo que realiza trabalho voltado para o setor artístico e intelectual.

A pesquisa teve como base mapeamento que contempla 2.539 ocupações e abrange todo o país. O mapeamento é dividido em 13 grupos ocupacionais, de profissionais da agropecuária e pesca aos do setor de transportes. Para avaliar o risco causado pelo novo coronavírus, os especialistas utilizaram três variáveis do banco de dados on-line O*NET sobre o contexto de trabalho das ocupações, com foco nas consequências da COVID-19.

Mais informações em: https://bit.ly/2XDPOms.

Fonte: Agência FAPESP 

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