quarta-feira , 24 abril 2024
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Perspectivas 2020 para o varejo farmacêutico

Por Rogério Carvalho. 

Iniciamos 2020 com boas expectativas! As principais referências do setor farmacêutico já se mostram otimistas com relação aos próximos 12 meses, muito em paralelo às expectativas do Banco Central de aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e ao crescimento da economia.

De acordo com dados divulgados pelo ICQT (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade), o mercado farmacêutico brasileiro alcançou vendas de R$ 215,6 bilhões em 2019. Os números integram o Estudo de Mercado Institucional da IQVIA, empresa global associada a soluções de auditoria, tecnologia e consultoria para o mercado de saúde, presente no Brasil desde 1974. A análise mostrou o crescimento do varejo abaixo dos canais institucionais, porém ainda acima da inflação.

Segundo a Abrafarma, o número de estabelecimentos com consultórios farmacêuticos chegou a 3 mil em 2019, alcançando mais de 5 milhões de atendimentos realizados no triênio 2017-2019. Nas quase 80 mil farmácias existentes no Brasil, estima-se que 10% já disponham de algum tipo de serviço farmacêutico implementado. Nas grandes redes, esse número já chega perto de 30%. A entidade traçou um paralelo com mercados mais maduros, como os Estados Unidos, onde serviços farmacêuticos como a vacinação estão presentes em mais de 75% das farmácias do país.

As informações compartilhadas acima mostram claramente um futuro promissor para o setor. Para complementar, listamos três estratégias que prometem trazer oportunidades de crescimento.

#1 – Expansão de portfólio

Para este tópico, vamos levar em consideração o envelhecimento da população e à busca cada vez maior por saúde, bem-estar e prevenção a doenças, que devem refletir em mais oportunidades ao varejo farmacêutico.

Neste cenário, a expansão de portfólio, principalmente em itens de conveniência, infantil e higiene e beleza, deve impulsionar o crescimento nas vendas nos próximos anos. Além disso, temos a aposta no aumento de vendas dos remédios isentos de prescrição, os MIPs, que representam cerca de 30% das unidades vendidas do total de medicamentos no Brasil, e uma pequena parcela do receituário médico abrange produtos dessa categoria – dados apresentados pelo ICQT.

#2 – Ampliação dos consultórios farmacêuticos

É cultural o papel do farmacêutico na recomendação de tratamentos. Fato é que esta ação, agora, acontece de maneira profissional e dentro de um consultório.

Uma das principais vantagens deste modelo de atendimento é o fato de concentrar mais pessoas dentro da loja e, consequentemente, ampliar as oportunidades de vendas. Para a população, o principal benefício é conseguir ser atendida de maneira mais rápida e eficaz do que no Sistema Único de Saúde (SUS), com o apontamento de diagnósticos, encaminhamento médico e orientação em relação aos medicamentos já prescritos.

A disponibilização de consultas para problemas de baixa gravidade, faz com que a sua loja ofereça uma venda qualificada e consultiva dentro da farmácia.

#3 – Vacinação nas farmácias

Por mais que a liberação para aplicação de vacinas em farmácias tenha sido regulamentada em dezembro de 2017, o déficit que enfrentamos atualmente em relação à cobertura vacinal, perceptível com a volta de doenças erradicadas, pela falta de vacinação e campanhas que incentivem a população a se prevenir dessas doenças, ainda reforça uma brecha de mercado.

A implementação de salas de vacinas oferece oportunidades, assim como mencionamos em relação aos consultórios farmacêuticos. Mas é importante apostar na capacitação de farmacêuticos vacinadores, item obrigatório pelo Conselho Federal de Farmácia. Com mais profissionais preparados e autorizados a vacinar, também há um estímulo natural de crescimento desses serviços.

Rogério Carvalho é CEO da Automatiza Sistemas

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