Por Paula Flórido *
São apenas três letras, mas que representam um conceito cada vez mais importante entre as empresas brasileiras. Nos últimos anos, o ESG tornou-se um critério quase obrigatório para avaliar o desempenho das organizações em seus ramos de atuação. Afinal, mais do que levar em conta apenas a rentabilidade do negócio, o indicador analisa o impacto em relação ao meio ambiente, desenvolvimento social e governança. O cenário de pandemia de covid-19 apenas evidenciou essa necessidade de alinhar os processos corporativos ao interesse público. Em suma: não basta ter lucro, é preciso criar um ambiente positivo na região e na comunidade em que está inserido.
Se a empresa que comanda ou atua ainda não sabe do que se trata, é melhor correr para não ser ultrapassado pela concorrência. Uma pesquisa conduzida pela coalizão Chief Executives for Corporate Purpose (CECP) mostra que mais da metade das organizações acredita que o tema irá atingir os níveis hierárquicos mais altos (como CEOs e presidentes) em um futuro próximo. Além disso, sete em cada dez companhias em todo o mundo já estão integrando critérios de avaliação desses indicadores em seus processos e profissionais – e a tendência é esse número subir ainda mais nos próximos meses e anos.
A expressão ESG surgiu em 2004 na publicação Who Cares Wins (“ganha quem se importa”, em tradução livre), realizada pelo Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e instituições financeiras de nove países. Cada letra representa um pilar importante da proposta, formando a sigla em inglês: Environmental (meio ambiente), Social (desenvolvimento social) e Governance (governança). Uma empresa que absorve esses elementos consegue desenvolver processos mais sustentáveis e desencadear uma mudança positiva, com mercados alinhados aos objetivos sociais e à redução da desigualdade a longo prazo.
Buscar um crescimento sustentável não chega a ser uma novidade para as empresas, principalmente aquelas criadas há pouco tempo. Contudo, mais do que um belo discurso de marketing, a pandemia de covid-19 reforçou a necessidade de essas corporações passarem da teoria para a prática. Isto é, desenvolverem ações eficazes que contribuem para o desenvolvimento social, a preservação dos recursos naturais e o respeito às boas práticas que regem a sociedade. Corporações que se preocupam com essas questões se adequaram mais facilmente às transformações trazidas pelo novo coronavírus e, principalmente, se posicionaram ao lado das pessoas em um momento difícil da história.
Evidentemente é preciso mais do que boa vontade para incluir o ESG no processo de avaliação das empresas. Dois passos são fundamentais nesse sentido. O primeiro deles é compreender que se trata de questão cultural, ou seja, precisa ser assimilado, compreendido e executado por todos os colaboradores e fazer parte da missão e dos valores da companhia. Segundo, é essencial contar com o apoio da tecnologia ao buscar e implementar soluções que possibilitam essa transformação. Das luminárias aos sistemas de gestão, essas ferramentas também precisam ter uma preocupação socioambiental embarcada em seu desenvolvimento e execução. De que adianta se preocupar com o impacto ambiental se os processos internos utilizam recursos que agridem o meio ambiente?
Não há mais espaço para empresas que se isolam e não se preocupam com a sociedade em que estão inseridas, como se o que ocorresse no entorno não as afetassem. Essa é uma visão que já ficou para trás. Hoje, sabe-se que a atuação de cada organização mexe com a região e as pessoas que estão próximas a ela – para o bem e para o mal. É preciso, portanto, que esse impacto seja positivo na maior parte do tempo, permitindo um desenvolvimento socioeconômico e ambiental que leva em conta as demandas atuais, mas também as das gerações futuras. Com o ESG, as corporações conseguem finalmente ter ciência de todo esse cenário em constante transformação.
*Paula Flórido é Diretora de Marketing Grupo Luminae Energia, referência em eficiência energética no país – e-mail: [email protected]
Sobre a Luminae
Fundada em 2009 pelo engenheiro André Ferreira, a Luminae se consolidou como a maior empresa de iluminação profissional do país e referência em eficiência energética. Estruturada como grupo desde 2018, possui três unidades de negócios: Iluminação Eficiente, com soluções voltadas para a alta performance, Gestão & Inteligência, que possibilita o monitoramento remoto de utilities, e Energia Solar, voltada para produção de energia fotovoltaica – além da área de Serviços, responsável pela instalação de todos os projetos. O grande diferencial da Luminae é o desenvolvimento de soluções customizadas para empresas de diferentes setores, como varejo, indústria, farmácias, educação, entre outros. Em 2017, recebeu aporte do fundo de investimentos GEF Capital, que se tornou acionista da companhia. É membro do GBC (Green Building Council) Brasil, referência em projetos voltados à sustentabilidade. Para saber mais, acesse: www.luminae.com.br
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