Uma forma que tem se tornado comum de ingerir medicamentos é o método de desintegração oral, aquele que se dissolve na boca.
Ao contrário das cápsulas e comprimidos, ele não necessita da ajuda da água ou mastigação para ser engolido. E, pelo fato de desintegrar rapidamente, também acelera a ação contra o sintoma que se pretende combater, pois libera rapidamente os ingredientes ativos para o alívio.
Essa forma de medicação também tem sido recomendada para pacientes crianças e idosos devido à facilidade de ingestão, uma vez que esse público nem sempre encara muito bem o consumo de comprimidos muito grandes e difíceis de serem engolidos. Mas também pode ser utilizada por qualquer pessoa e, principalmente, por quem busca uma maior conveniência na hora de administrar seu medicamento.
Os comprimidos de desintegração oral podem ser desenvolvidos para diversas indicações terapêuticas. Atualmente, estão disponíveis no mercado medicamentos voltados para dor, asma e hipertensão, principalmente. São compostos por ingredientes como manitol, o que tornam sua administração mais agradável a boca, diferentemente dos comprimidos tradicionais. “Os remédios de desintegração oral são uma solução para o público com maior dificuldade para deglutir, mas, no geral, é recomendado para todos que necessitam uma medicação conveniente, pois pode ser administrada sem a necessidade de água e com rápido efeito terapêutico, uma vez que a absorção do ativo normalmente inicia na mucosa bucal” explica Fernanda Furlan, gerente sênior de Farma da BASF.
No entanto, por ser de rápida desintegração, esse tipo de remédio também exige cuidados redobrados quando guardados, uma vez que podem se desintegrar mais facilmente mesmo fora da boca. “É preciso mantê-los em ambientes secos e com temperaturas amenas para que não desintegrem no próprio recipiente de armazenamento, pois isso poderá comprometer o efeito terapêutico”, recomenda Fernanda.
E, da mesma forma que o consumidor deve ter todo um cuidado mais específico com medicamentos de desintegração oral, a indústria farmacêutica também precisa fazer sua parte, oferecendo para o mercado ingredientes de qualidade e que mantenha suas propriedades terapêuticas durante todo prazo de validade do medicamento. “Um medicamento de desintegração oral deve apresentar resistência física e química para manter suas características durante todo período de validade do medicamento e, ao mesmo tempo apresentar uma rápida desintegração, proporcionando uma sensação agradável e cremosa na boca”, orienta. A BASF, por exemplo, oferece o Ludiflash®, excipiente farmacêutico desenvolvido especialmente para formular esta classe de medicamento.
Essa alternativa é um exemplo de como a indústria farmacêutica vem se adaptando às diferentes necessidades dos consumidores. Facilitar a administração de medicamentos ajuda a adesão dos pacientes ao tratamento, consequentemente a recomposição de sua saúde é agilizada.