quinta-feira , 28 março 2024
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Medicamento da Zambon pode ajudar no tratamento da Covid-19

Medicamento da Zambon pode ajudar no tratamento da Covid-19

O objetivo é reduzir o estresse oxidativo consequente à inflamação das infecções virais, principalmente nas células pulmonares

São Paulo, fevereiro de 2021 – Conhecido pelo seu duplo mecanismo de ação antioxidante e mucolítico no tratamento de doenças respiratórias a N-acetilcisteína, ativo do Fluimucil®, medicamento da farmacêutica italiana Zambon, pode desempenhar papel importante no tratamento das complicações da COVID-19. O assunto, discutido por especialistas durante o 30º Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia 2020 (ERS – European Respiratory Society International Congress 2020), é alvo de duas pesquisas: uma já em andamento na Itália e outra que deve começar este mês aqui no Brasil.

A infecção pelo Coronavírus Sars-CoV-2 gera, em alguns pacientes, um desequilíbrio entre os sistemas de oxigenação celulares e os radicais livres, e o desenvolvimento de um estresse oxidativo que pode dificultar a recuperação dos pacientes. Isso ocorre por causa da tempestade de citocinas, que é uma hiperativação do sistema de defesa do corpo – o sistema imune -, o que provoca uma inflamação sistêmica na tentativa de combater o vírus. “A tempestade de citocinas é estimulada pela molécula interferon-gama e TNF-alfa. Essa informação foi publicada agora em janeiro pela Revista Cell”, explica o professor titular de Biologia Molecular da Unifesp e doutor em Bioquímica, Hugo Monteiro.

Na opinião dele e de outros especialistas, a restauração precoce desse equilíbrio com terapia antioxidante como a N-Acetilcísteina, pode dificultar o surgimento da infecção e proteger o organismo, evitando tanto o início como a perpetuação do dano¹. “É possível reduzir o risco de exacerbações em algumas doenças pulmonares e em particular na DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) com o uso de antioxidantes e sua ação anti-inflamatória”, declarou o presidente do congresso europeu e professor de Medicina Respiratória da Universidade de Ferrara (Itália), Alberto Papi². Ele lembrou que as infecções virais, como a Covid, estão entre as principais causas de DPOC.

A mesma opinião é compartilhada pelo professor Luca Richeldi, da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração, de Roma. “O uso da NAC (N-Acetilcísteina), em fase experimental, pode representar mais uma opção terapêutica para esses pacientes”³. Para o professor Joan Soriano, pneumologista do Hospital Universitário de La Princesa e da Universidade Autônoma de Madrid, uma das vantagens da abordagem terapêutica é que o medicamento tem excelente perfil de segurança e é bastante conhecido pela classe médica. “A NAC representa um adjuvante seguro e efetivo aos agentes antitrombóticos disponíveis atualmente para restaurar a permeabilidade dos vasos após oclusão arterial. Além disso, vários grupos de médicos têm explorado o uso de NAC em pneumonias graves em COVID-19”, acrescentou.

As exacerbações agudas que podem acontecer em um paciente com DPOC são clinicamente definidas por piora de dispneia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta), tosse, produção de secreção e obstrução do fluxo aéreo. E no caso da infecção pelo Coronavírus, pelo menos três meses após a infecção, os pacientes podem apresentar sequelas como falta de ar, dor torácica, tosse, cansaço, fraqueza muscular e ansiedade, entre outros sintomas da chamada Síndrome Pós-Covid ou Covid-19 Persistente4.

Segundo Dr. Hélio Osmo, Diretor Médico da Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica, “O medicamento não cura a doença, mas devido sua ação antioxidante e indicação nos casos de colapso pulmonar/atelectasia e pneumonia é um importante aliado na prevenção e tratamento das complicações ou doenças causadas pelo COVID-19“, defende Dr. Hélio.

O objetivo é reduzir o estresse oxidativo consequente à inflamação das infecções virais, principalmente nas células pulmonares

São Paulo, fevereiro de 2021 – Conhecido pelo seu duplo mecanismo de ação antioxidante e mucolítico no tratamento de doenças respiratórias a N-acetilcisteína, ativo do Fluimucil®, medicamento da farmacêutica italiana Zambon, pode desempenhar papel importante no tratamento das complicações da COVID-19. O assunto, discutido por especialistas durante o 30º Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia 2020 (ERS – European Respiratory Society International Congress 2020), é alvo de duas pesquisas: uma já em andamento na Itália e outra que deve começar este mês aqui no Brasil.

A infecção pelo Coronavírus Sars-CoV-2 gera, em alguns pacientes, um desequilíbrio entre os sistemas de oxigenação celulares e os radicais livres, e o desenvolvimento de um estresse oxidativo que pode dificultar a recuperação dos pacientes. Isso ocorre por causa da tempestade de citocinas, que é uma hiperativação do sistema de defesa do corpo – o sistema imune -, o que provoca uma inflamação sistêmica na tentativa de combater o vírus. “A tempestade de citocinas é estimulada pela molécula interferon-gama e TNF-alfa. Essa informação foi publicada agora em janeiro pela Revista Cell”, explica o professor titular de Biologia Molecular da Unifesp e doutor em Bioquímica, Hugo Monteiro.

Na opinião dele e de outros especialistas, a restauração precoce desse equilíbrio com terapia antioxidante como a N-Acetilcísteina, pode dificultar o surgimento da infecção e proteger o organismo, evitando tanto o início como a perpetuação do dano¹. “É possível reduzir o risco de exacerbações em algumas doenças pulmonares e em particular na DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) com o uso de antioxidantes e sua ação anti-inflamatória”, declarou o presidente do congresso europeu e professor de Medicina Respiratória da Universidade de Ferrara (Itália), Alberto Papi². Ele lembrou que as infecções virais, como a Covid, estão entre as principais causas de DPOC.

A mesma opinião é compartilhada pelo professor Luca Richeldi, da Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração, de Roma. “O uso da NAC (N-Acetilcísteina), em fase experimental, pode representar mais uma opção terapêutica para esses pacientes”³. Para o professor Joan Soriano, pneumologista do Hospital Universitário de La Princesa e da Universidade Autônoma de Madrid, uma das vantagens da abordagem terapêutica é que o medicamento tem excelente perfil de segurança e é bastante conhecido pela classe médica. “A NAC representa um adjuvante seguro e efetivo aos agentes antitrombóticos disponíveis atualmente para restaurar a permeabilidade dos vasos após oclusão arterial. Além disso, vários grupos de médicos têm explorado o uso de NAC em pneumonias graves em COVID-19”, acrescentou.

As exacerbações agudas que podem acontecer em um paciente com DPOC são clinicamente definidas por piora de dispneia (dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta), tosse, produção de secreção e obstrução do fluxo aéreo. E no caso da infecção pelo Coronavírus, pelo menos três meses após a infecção, os pacientes podem apresentar sequelas como falta de ar, dor torácica, tosse, cansaço, fraqueza muscular e ansiedade, entre outros sintomas da chamada Síndrome Pós-Covid ou Covid-19 Persistente4.

Segundo Dr. Hélio Osmo, Diretor Médico da Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica, “O medicamento não cura a doença, mas devido sua ação antioxidante e indicação nos casos de colapso pulmonar/atelectasia e pneumonia é um importante aliado na prevenção e tratamento das complicações ou doenças causadas pelo COVID-19“, defende Dr. Hélio.

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