sexta-feira , 19 abril 2024
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Logística reversa de medicamentos

Por Rodrigo Miranda*

Enquanto ainda existe o imbróglio referente a logística reversa de medicamentos, a Indústria Farmacêutica, consciente das consequências, vem fazendo sua parte, e pagando um alto preço por sua responsabilidade ambiental e social.

Em 2013 foi formado um GP (Grupo de Trabalho) com várias instituições envolvidas com o descarte de medicamentos, onde foi elaborado e publicado no Diário Oficial da União um edital de acordo setorial para implantação de sistema de logística reversa de resíduos de medicamentos.

“O edital chamava os setores interessados a apresentarem, em 120 dias, sugestões que contemplassem todas as etapas do ciclo de vida dos medicamentos. O grupo recebeu propostas da indústria, dos distribuidores e do comércio varejista. “Como as propostas recebidas não estavam a contento do acordo, o grupo pediu e ficou aguardando novas propostas, que não chegaram, e o plano parou”, relembrou Rossana Spiguel.”

O GT de Descarte de Medicamentos e a Logística Reversa foi instituído pelo CFF, em 19 de outubro de 2016, com a finalidade de resgatar as atividades que foram realizadas sobre resíduos de medicamentos, desde a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) – Lei 12.305/2010 e Decreto nº 7404/2010 – até os dias atuais, a fim de subsidiar tecnicamente as diversas Comissões do CFF e dos CRFs, promover discussões e ações relacionadas a este tema e contribuir com a implantação da logística reversa de resíduos de medicamentos no país.

Com a instituição da PNRS, um novo marco regulatório foi estabelecido para a gestão de resíduos sólidos no Brasil. Entre os instrumentos definidos pela PNRS está a implantação da logística reversa para os resíduos sólidos por meio de acordos setoriais relacionados aos resíduos de medicamentos.

Enquanto aguardam o impasse a respeito da logística reversa de medicamentos, as indústrias vão fazendo o possível para ajudar, seja com a própria logística reversa, seja com doações para instituições por conta própria.

O certo é que muito dinheiro é gasto com a logística reversa, e poucas empresas realizam tal serviço. A burocracia e a necessidade de fornos de incineração especiais, raros no Brasil, encarecem demais a logística reversa de medicamentos.

Pensando na parte social e ambiental, unindo a tecnologia e a vontade de ajudar o planeta, surgiu a PegMed, uma startup de impacto sócio-ambiental, que veio para ajudar as indústrias a economizar e terem descontos em impostos, além de agregar valor a marca ajudando o social e o ambiental.

Com 120 dias antes da data de validade, os medicamentos não podem mais ser comercializados e a indústria tem que descartar esse medicamento, que está dentro da validade e podendo ajudar muitas pessoas. A solução da PegMed é cadastrar esses medicamentos na sua plataforma, onde já tem instituições de caridade legalizadas cadastradas (a indústria pode escolher ou indicar as de sua preferência), a instituição recebe a lista desses medicamentos sobrando e escolhe o que necessitam. Algumas indústrias tem seus próprios programas de doação, mas muito manuais e burocráticos ainda, fazendo o medicamento chegar à instituição com pouca data de validade. A plataforma da PegMed consegue otimizar esse tempo, além de desburocratizar e conseguir métricas importantes para a indústria. Tudo online, com memorando, assinatura eletrônica, cadastro de instituições e renovação e o que mais a indústria necessitar.

Ganha o meio ambiente, ganha a sociedade, ganha a indústria e é feita uma corrente do bem, onde todos são beneficiados.

O futuro na indústria farmacêutica, como em qualquer área, passa pela tecnologia para economizar, otimizar e aperfeiçoar os métodos.

* Rodrigo Miranda é CEO PegMed.

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