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Indústria brasileira preparada para a Medica 2017, na Alemanha

Pavilhão nacional terá 43 empresas durante o evento que ocorre entre 13 e 16 de novembro.

Integradas ao calendário mundial do setor de saúde, 43 empresas associadas à ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) e que fazem parte do projeto setorial Brazilian Health Devices, executado pela entidade em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), estão preparadas para mais uma participação na Medica, maior evento da área médico-hospitalar no mundo, que será realizado entre 13 e 16 de novembro em Messe Dusseldorf, na Alemanha.

Reunindo as principais inovações, produtos e soluções do setor, o evento recebe o pavilhão brasileiro que, após 15 participações bem-sucedidas, está consolidado e reconhecido pela classe. Esta ida das empresas nacionais à Medica marca a primeira ação do novo convênio com a Apex-Brasil. Renovado a cada biênio, o projeto traça os principais mercados-alvo que serão abordados e o evento na Alemanha representa um excelente instrumento de acesso a todos esses mercados. É o que pontua Flávia Carvalho, gerente de exportação da Hpbio, uma das empresas que integra o pavilhão de 2017. “A Medica é uma data importante do calendário, onde podemos encontrar nossos distribuidores da Europa, acertando as estratégias para o próximo ano”.

Além de receber os principais distribuidores do setor, responsáveis por atendimentos à todas as regiões do mundo, as marcas presentes também têm acesso ao portfólio de seus principais concorrentes, mantendo-se atualizadas sobre o que está sendo comercializado no segmento. É o que afirma Edson Grisanti, diretor operacional da Medpej, marca que estará pela sétima vez em Dusseldorf. “A feira Medica nos ajuda a buscar mais informação a respeito dos nossos concorrentes, auxiliando no desenvolvimento de produtos e melhoria da tecnologia e da qualidade”.

Para Laísa França, coordenadora de promoção comercial da ABIMO, além de promover negócios, a Medica serve como uma vitrine mundial, onde as empresas veem e são vistas. “Estando dentro de um grande pavilhão nacional, as companhias fortalecem a marca Brasil ao mesmo tempo em que crescem individualmente”, declara. Em concordância com Laísa, Dalton Marques, representando o Supera Parque, afirma que o projeto BHD, ao levar o pavilhão brasileiro a um evento como a Medica, ajuda “na promoção do Brasil como referência em saúde, o que é benéfico para as empresas e para a venda de serviços tecnológicos”. Parceiro do pavilhão, o Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, Supera Parque, oferece estrutura para aceleração de projetos de base tecnológica em um ambiente que promove a transferência de conhecimento em diversos tipos de atividade, dando destaque para os setores de saúde, biotecnologia, tecnologia da informação e bioenergia.

Além do pavilhão brasileiro, a Medica também receberá outras duas empresas associadas à ABIMO: Carci, fabricante de equipamentos e aparelhos para fisioterapia; e Fanem, pioneira na fabricação de equipamentos médicos, estarão presentes em seus estandes próprios. Ambas as companhias participaram por anos da viagem em conjunto à Alemanha até que se firmaram no evento e alçaram voo solo para exposição de seus produtos e soluções.

Território e Regulação – A competitividade do mercado europeu é um dos pontos que devem ser destacados. Neste mercado acirrado, empresas com foco na produção tecnológica e que apostam em aumentar o valor agregado e a inovação de seus produtos estão um passo à frente na disputa por atenção.

Em termos de regulação, o ponto-chave está atrelado à marcação CE, que é a responsável por autorizar o acesso dos produtos estrangeiros aos mercados europeus. Referência mundial de qualidade, a marcação CE promove a empresa também para mercados fora da Europa.

Considerando que a Medica recebe distribuidores e clientes de todo o mundo, e não somente dos países vizinhos à Alemanha, a marca que chega ao evento já portando a certificação local garante visibilidade para muitos outros territórios de seu interesse.

Balança comercial – Em termos econômicos, o setor de equipamentos de saúde teve uma leve diminuição no déficit da sua balança comercial nos três primeiros trimestres de 2017. Analisando as exportações totais do segmento entre janeiro e setembro deste ano, temos crescimento de quase 10% no comparativo com o mesmo período de 2016: pouco mais de US$ 557 milhões contra cerca de US$ 507 milhões no ano passado.

Esse movimento de recuperação das exportações brasileiras da área fortalece a presença da indústria nacional na Medica, principalmente com base no desempenho superior das empresas participantes do Brazilian Health Devices. “As exportações apoiadas pelo projeto cresceram 20,3% no período em comparação com o ano anterior. A variação positiva é o dobro da obtida pelo total setorial brasileiro”, comenta Rafael Cavalcante, analista de acesso a mercados da ABIMO, que enfatiza que o grupo de empresas do BHD totalizou aproximadamente US$ 70 milhões em exportações nos três primeiros trimestres do ano.

Paralelamente ao levante das exportações, temos um cenário no qual as importações também cresceram, mas de forma mais enxuta: 3,62% no comparativo entre janeiro e setembro de 2017 com o mesmo período do ano passado. “Esse aumento das importações também reforça o entendimento de uma recuperação em curso no mercado doméstico para o setor”, comenta Cavalcante.

Dentre os subsetores, destaque para as áreas de implantes e radiologia que cresceram, respectivamente, 41% e 25% suas exportações. Representante do setor de implantes no Brasil, a Traumec, que marcou presença nas últimas cinco edições do evento, retorna à Alemanha, desta vez para o pré-lançamento do sistema HandFix, focado em implantes dedicados a traumas de mão. “Esperamos aumentar a visibilidade que a Traumec tem atualmente, mostrando ao mercado produtos acessíveis e de qualidade”, comenta Alessandro Oliva, responsável pelas vendas internacionais da empresa que visa, durante a feira, gerar bons contatos e se aproximar de clientes e parceiros.

Ações durante a Medica – Já tradicional no evento, o pavilhão brasileiro realizará novamente o Happy Hour, momento criado com música brasileira, comidas e bebidas típicas para impulsionar o relacionamento entre clientes e empresas. Marcado para o penúltimo dia do evento, será fechado para convidados e clientes. Reconhecido pelo sucesso, o Happy Hour é um dos destaques segundo Eder Gatti, da Lupe. “A realização do Happy Hour ajuda a mostrar a cultura brasileira para os visitantes, aproximando os clientes dos expositores”, diz.

Além do Supera Parque, o pavilhão brasileiro na Medica conta com outros parceiros nesta edição 2017. A Hospitalar Feira+Fórum e o Grupo Mídia permanecem e, desta vez, o Senai CIMATEC entra para a parceria. Referência em pesquisa e inovação, o centro instalado em Salvador, na Bahia, estará presente para levar a produção acadêmica brasileira ao mercado internacional.

Todas as informações podem ser encontradas no endereço brazilianhealthdevices.com/medica, espaço no qual há um histórico das participações nacionais no evento e um catálogo com as empresas participantes e seus produtos. Além disso, por meio deste ambiente virtual os interessados podem pré-agendar reuniões com as marcas, como já vem ocorrendo com a Exatech. “Temos reuniões agendadas com parceiros e fornecedores de diferentes países, além de vislumbrarmos, também, a atração de novos clientes e novas parcerias de negócios”, comenta o coordenador de marketing internacional Mario Luiz dos Santos Frizzo.

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