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Hipotireoidismo acomete 18 milhões de brasileiros

Estudo aponta que pacientes diagnosticados com doença, que afeta o funcionamento da glândula tireoide, não se tratam corretamente

São Paulo, novembro de 2020 – O hipotireoidismo afeta em média 18 milhões de brasileiros1,2 e 25% dos pacientes diagnosticados afirmam tratar de forma inadequada ou até mesmo não tratar a doença3. Estes são alguns dos principais dados do estudo “Hipotireoidismo em Foco” realizado com mais de 2000 pacientes pelo Instituto Minds4Health a pedido da Sanofi. Nele, foram discutidos dados da doença desde o autocuidado até a frequência à consulta ao médico. Este cenário alarmante pode ser modificado com a prevenção e o cuidado periódico com a saúde, principalmente entre as mulheres, já que por conta das alterações hormonais, a cada um homem com hipotireoidismo, há até oito mulheres afetadas pela doença4.

“Apesar de não haver cura para o hipotireoidismo, ele pode ser controlado com o uso de reposição hormonal e a adoção de hábitos saudáveis, que incluem a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física. Daí a importância de consultar um especialista, fazer os exames necessários e seguir as recomendações à risca para que o médico consiga prescrever a dosagem adequada da medicação para o seu caso. Cuidado contínuo é a chave para se ter uma vida normal”, diz Dr. Eduardo Issa, Diretor Médico da Sanofi – Unidade de Negócios General Medicines.

Outro dado mostrado pela pesquisa é que o maior desejo das pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo é compreender a doença. Entre as pessoas diagnosticadas que já ouviram falar na enfermidade, 35% não sabe exatamente do que se trata e 1/3 dessa população afirma nunca ter feito um exame de sangue que detecta os níveis do hormônio estimulante da tireoide, o TSH3.

A tireoide e o hipotireoidismo

A Tireoide é a glândula que regula a função de alguns órgãos importantes do corpo humano, como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela também produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), garantindo o equilíbrio do organismo e do metabolismo. Localizada na parte da frente do pescoço, é muito conhecida por ter a forma de uma borboleta. Entre as múltiplas funções benéficas ao organismo, a glândula atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes e na regulação dos ciclos menstruais, assim como na fertilidade, manutenção do peso ideal, memória, concentração, humor e controle emocional.5

Quando a produção dos hormônios é insuficiente, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Neste momento, ocorre o hipotireoidismo, condição que pode surgir em qualquer etapa da vida e pode não ser tão facilmente diagnosticada.

Sinais, sintomas e tratamentos

Os sinais e sintomas do hipotireoidismo são facilmente interpretados como alterações comuns da rotina, como ganho de peso, infertilidade, queda de cabelo, unha quebradiça, fadiga em excesso, perda de memória, sonolência, cansaço, alterações no humor, pele seca, pés e mãos gelados, prisão de ventre e anemia.6

Segundo 65% dos respondentes da pesquisa “Hipotireoidismo em Foco”, o diagnóstico foi feito após procurarem o médico para um check-up geral. Por isso, na maioria dos casos, o diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, que podem medir os níveis do hormônio estimulador da tireoide (TSH) e do hormônio da tireoide (T4). O hipotireoidismo ocorre quando o TSH está elevado e os níveis de T4 estão baixos. No tipo da doença chamado de subclínico, o TSH estará alto, mas o T4 pode estar normal. Neste caso, o médico avalia os níveis de TSH para confirmar o quadro ao paciente.7

Caso seja identificada a necessidade do tratamento, ele é de longa duração, com reposição hormonal da tiroxina (T4), feita por meio de comprimidos de reposição sintética do hormônio6. Todavia, a eficácia da terapia oral depende, principalmente de dois fatores: o jejum de uma hora após a ingestão do comprimido e o retorno periódico do paciente ao médico para avaliação e, caso necessário, ajuste de dose8.

O Dr. Eduardo Issa ainda diz que seguir este passo a passo é fundamental para diagnosticar a doença e tratá-la de forma assertiva. “Entender os próprios sintomas e estar alerta a esses acontecimentos do dia a dia podem indicar algo ainda mais crucial. Se não tratado pode levar o paciente a ter hipertensão, problemas cardiovasculares, elevação de triglicerídeos, infertilidade e depressão.7

“Além disso, existem alguns mitos sobre o hipotireoidismo, como o fato de ser uma doença predominantemente feminina e que é tratável apenas com a adesão de uma alimentação balanceada, ou que até mesmo a paciente ficaria para sempre infértil. Essas não são informações verídicas, porém muito populares, por isso, a orientações médica é essencial. Procure um profissional para que avalie os sintomas e ofereça um tratamento adequado ao seu caso9.”

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Referências

  1. Olmos RD et al. Gender, race and socioeconomic influence on diagnosis and treatment of thyroid disorders in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Braz J Med Biol Res. 2015. Aug;48(8):751-8. doi: 10.1590/1414-431X20154445.
  2. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação, IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em 06 de maio de 2020.
  3. Instituto Minds4HealtH. Hipotireoidismo em foco. São Paulo, 2019.
  4. Brenta G, Vaisman M, Sgarbi JA, Bergoglio LM, Andrara NC, Bravo PP, et al. Diretrizes clínicas práticas para o manejo do hipotireoidismo. Arq Bras Endocrinol Metab. 2013;57(4):265-99.
  5. O que É a Tireoide? Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Disponível em: http://www.tireoide.org.br/o-que-e-a-tireoide/#:~:text=A%20tireoide%20%C3%A9%20uma%20gl%C3%A2ndula,)%20e%20T4%20(tiroxina). Acesso
  6. Chaker L, Bianco AC, Jonklaas J, Peeters RP. Hypothyroidism. Lancet. 2017 Sep 23;390(10101):1550-1562.
  7. Entendendo a Tireoide: Hipotireoidismo. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/entendendo-tireoide-hipotireoidismo/. Acesso em 12 de agosto de 2020.
  8. Castro MPR, Soares JCC. Como diagnostricar e tratar_Hipotireoidismo. RBM. 2014 dez;71(12):100-5. Acesso em 12 de agosto de 2020.
  9. Portal da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Disponível em: http://www.tireoide.org.br/o-que-e-a-tireoide/. Acesso em 12 de agosto de 2020.

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