A declaração do vice-presidente, Geraldo Alckmin, de que é preciso ter isonomia tributária entre os medicamentos importados e os produzidos no Brasil, animou a indústria farmacêutica nacional. “A isonomia tributária é essencial. Hoje, temos uma grande distorção, na medida em que há uma redução de impostos para importação de medicamentos enquanto, no Brasil, você tem uma carga tributária muito relevante”, afirma Reginaldo Arcuri, presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil, que representa 12 empresas farmacêuticas brasileiras.
Arcuri ressalta, ainda, que as condições de produção no Brasil, também por questões tributárias, são muito mais onerosas do que as que vigem na maior parte dos países que exportam medicamentos pra cá. Por isso, o setor comemora o fato de o governo federal definir a área de saúde como uma prioridade para a retomada do desenvolvimento do Brasil e para a neoindustrialização. “Isso é fundamental para ampliar o acesso da população à saúde e garantir a soberania sanitária do país, com a produção de 70% dos insumos consumidos pelo SUS, que é a meta para daqui dez anos. E esse ponto que o vice-presidente tratou é um dos pilares para a gente resolver essa questão”, avalia.