A empresa Schoenmaker Humako, que faz parte do Grupo Terra Viva, entra nesta terça-feira, 1º de outubro, com uma ação na Justiça contra a União e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo direito de plantar Cannabis não-psicoativa, para fazer remédios, tecidos e alimentos.
Hoje, no Brasil, a Cannabis é um gênero absolutamente ilegal de plantas: é proibido deixar um único pé crescer em território nacional, mesmo que ele não contenha THC, a substância psicoativa que causa o efeito mental da maconha. A única exceção a essa proibição são 37 indivíduos e uma associação que ganharam o direito na Justiça de cultivar para uso próprio, por necessidade médica.
“Claramente tem uma demanda não atendida por CBD no Brasil, com uma demora imensa no processo de importação para os pacientes que precisam e um custo muito alto do importado”, diz Fernando Casado, gerente comercial da Terra Viva. A empresa, que completa 60 anos no próximo mês, foi fundada por um casal de holandeses sediados na cidade paulista de Holambra, conhecida como a capital das flores. Além de fabricar tulipas e outras flores, a empresa é uma grande produtora de batatas, laranjas, milho e soja. “O grupo tem uma empresa na Holanda também. Como o uso medicinal da Cannabis já foi regulamentado lá, estamos acompanhando de perto o mercado de CBD, e atentos à oportunidade”.
Fonte: Revista Época