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Por Edison Tamascia*
Grande parte de minha vida me dediquei ao mercado farmacêutico e posso afirmar que passei por muitos momentos importantes dentro desse varejo e recentemente um ponto que vem ganhando fundamental relevância é a digitalização das farmácias.
Assim, abordar esse tema de forma aprofundada é primordial, sendo necessário analisá-lo de forma bastante ampla. Ocorre que, na maioria das vezes, quando se fala em digitalização de farmácias a ideia que vem à cabeça é uma estrutura de e-commerce, que certamente é importante, mas cobre apenas uma parte das possibilidades relacionadas ao tema. Hoje, ao pensar nesse assunto é fundamental ter a percepção da necessidade de um projeto de digitalização 360° das farmácias.
Como presidente da Febrafar e da Farmarcas sou um entusiasta desse tema, posso afirmar que esse processo digitalização em nossas redes teve início desde o início de nossos trabalhos no associativismo. Sempre buscando oferecer inovações que sejam estratégicas para a gestão das lojas em todos os seus estágios.
Exemplo é que hoje temos um dos principais programas de fidelidade do país o PEC – Programa de Estratégias Competitivas – que atualmente possui mais de 35 milhões de clientes cadastrados em todo o país e que oferece dados de grande qualidade aos nossos associados e grandes diferenciais para os consumidores.
Mas, fato é que, com o início da pandemia, face às necessidades do momento, esse tema ganhou mais força, exemplo é que começamos a incentivar a prática do delivery das farmácias, mas não apenas isso. Intensificamos também a transformação digital do consumidor. É óbvio que, em um primeiro momento, isso dá mais trabalho do que resultado, pois eu tenho que investir em processos para cadastro, aplicativos, sistemas, novas metodologias e isso não traz um resultado de curto prazo.
No entanto, quando olhamos para 2025, sabemos que estamos nos preparando em um formato que o meu concorrente não está, ou seja, estou plantando uma árvore hoje para colher lá na frente. Pode ser que daqui a 5 anos o modelo de negócios seja outro, totalmente personalizado. Descontos diferentes para pessoas diferentes. Estamos nos preparando para isso.
Mas, mesmo antes desse cenário, nossa digitalização ia muito além do consumidor, na minha visão, a digitalização tem que ser 360°, ou seja, trabalhamos para possibilitar que em breve todos os processos de uma farmácia estejam digitalizados, isso, se bem utilizado terá um valor imensurável para as lojas de nossas redes.
Temos uma visão de digitalização em vários âmbitos, tanto automatizando os processos internos para ganho de qualidade, quanto pelo lado do consumidor, digitalizando o processo de atendimento, entendendo os hábitos de consumo e estreitando o relacionamento.
Para o processo de digitalização 360° realmente ocorra, é preciso que se entenda todos os processos da operação, buscando alternativas para que a digitalização seja realmente ampla e integralmente transmitida para as lojas. Parto da premissa de que o público já é digitalizado em variados níveis. Assim, o papel da digitalização é se adequar aos anseios e necessidades deles para que se tenha realmente soluções efetivas.
Dentro desse conceito, buscamos também todos que fazem parte de nossos processos e criamos alternativas que são realmente práticas, garantindo assim que a digitalização não seja apenas teoria, mas sim uma solução aplicável e que proporcione resultados para todos que participam de nossas ações.
Edison Tamascia é empresário e atua no varejo farmacêutico há mais de 40 anos. Atualmente, preside a administradora de redes associativistas de farmácias Farmarcas (https://www.farmarcas.com.br) e a Febrafar – Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (https://www.febrafar.com.br) – e é um dos principais divulgadores do associativismo do país.
