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Combate à meningite: vacinação é a maneira mais efetiva de prevenir a doença

Manter a carteirinha de vacinação em dia mesmo durante a pandemia é uma atitude recomendada para evitar a volta de surtos de doenças imunopreviníveis

São Paulo, agosto de 2020 – Ainda que um dos temas mais comentados atualmente seja a busca por uma vacina contra o novo coronavírus, a imunização de doenças preveníveis têm historicamente diminuído no Brasil. De acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado em parceria com a UNICEF,14 milhões de crianças não foram vacinadas em 2019, sendo que dois terços delas estão concentradas em países de média e baixa renda, entre eles, o Brasil[1]. Outra constatação feita sobre a cobertura vacinal é a diminuição da adesão às doses de reforço, importantes para manter o nível de imunidade alto[2].

“Historicamente, a cobertura vacinal em adolescentes é muito baixa. É uma faixa etária diferente do bebê, que tem o calendário de imunizações discutido durante as consultas com o pediatra. Além disso, geralmente as gerações mais jovens não tiveram pessoas próximas com doenças como paralisia infantil, meningite, tétano e difteria e, por isso, tendem a acreditar que a vacinação não é necessária”, explica o pediatra e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Dr. Marco Aurélio Sáfadi.

Mas, estar em dia com o calendário vacinal e ficar atento às doses de reforço é um passo importante para a manutenção da saúde. Essa é a mensagem trazida pelo atleta de voleibol sentado da Seleção Brasileira e do SESI-SP, Daniel Yoshizawa. Ele sentiu a sua vida mudar por conta da meningite meningocócica. Aos 21 anos de idade, Daniel acordou com uma forte dor de cabeça e entrou em coma em questão de poucas horas. No hospital, foi diagnosticado com a doença e, após 14 dias em estado de coma, acordou e foi informado que teria que amputar as duas pernas e parte de cinco dedos, sendo quatro da mão direita e um da mão esquerda.

“Independentemente das dificuldades, é possível reverter situações adversas com muito foco e dedicação. Mas isso não invalida o fato de eu ter tido a vida completamente transformada e impactada pela meningite. Por isso, levo comigo a importante mensagem de manter a vacinação em dia”, alertou o atleta.

Atenção à doença

 Causada por vírus, bactérias, fungos ou outros agentes infecciosos[3], a meningite é considerada uma das mais temidas doenças imunopreveníveis. A doença pode ser causada por diversos agentes, sendo que os mais comuns são os vírus e, os mais severos, as bactérias3. Entre as principais bactérias que causam a enfermidade está a Neisseria meningitidis, também chamada de meningococo[4].

A meningite meningocócica é uma doença grave que, mesmo com tratamento adequado, leva à morte entre 8% e 15% dos pacientes entre 24 e 48 horas após os primeiros sintomas[5], além de deixar sequelas irreversíveis entre 10% a 20% dos pacientes que sobrevivem5, como surdez, cegueira, amputação de membros e alterações neurológicas4.

A meningite tem um alto poder de contágio, visto que algumas pessoas podem ser portadoras assintomáticas da bactéria e transmitirem a doença sem estarem doentes3. Por isso, a melhor forma de prevenção é a vacinação, que protege não apenas o imunizado, mas quem está ao seu redor.

“É possível hospedar a bactéria sem adoecer e, ainda assim, transmitir a doença. Essas pessoas são chamadas de “portadoras”3. Adolescentes e adultos jovens estão entre os principais portadores do meningococo, sendo que os adolescentes são os que mais transmitem a doença[6],[7]”, explica a diretora médica da Sanofi Pasteur, Dra. Sheila Homsani. Por esse motivo, a vacinação dos adolescentes é um dos grandes aliados no combate à meningite meningocócica.

Devido ao alto grau de letalidade da doença, ao perceber os primeiros sintomas que podem dar indícios de meningite, como início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço, a orientação é procurar imediatamente o atendimento médico3.

O Brasil possui um dos maiores programas públicos de imunização do mundo[8] e, no Calendário Nacional de Imunização, está disponível a vacina contra a meningite meningocócica causada pelo sorogrupo C da bactéria Neisseria Meningiditis, com doses aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses, e entre 11 e 12 anos de idade[9]. Em 2017, especificamente para esta vacina, as taxas de imunização também caíram, respectivamente, de 87,04%, para 82,13%, até que em adolescentes atingiram 51%[10]. Em 2020 o sistema público de saúde começou a oferecer a vacina conjugada quadrivalente para adolescentes entre 11 e 12 anos[11]. O imunizante tem uma proteção ampliada, abrangendo os sorogrupos A, C, W e Y da bactéria Neisseria Meningiditis11.

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

Este material é dirigido exclusivamente à imprensa especializada como fonte de informação. Recomenda-se que o conteúdo não seja reproduzido integralmente. As informações veiculadas neste documento têm caráter apenas informativo e não podem substituir, em qualquer hipótese, as recomendações do médico ou farmacêutico nem servir de subsídio para efetuar um diagnóstico médico ou estimular a automedicação. O médico é o único profissional competente para prescrever o melhor tratamento para o seu paciente.

[1] Unicef. WHO and Unicef warn of a decline in vaccinations during COVID-19. Disponível em: https://www.unicef.org/press-releases/who-and-unicef-warn-decline-vaccinations-during-covid-19. Acesso em 16/07/2020

[2] Centers for Disease Control and Prevention. Understanding how vaccines work. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/conversations/downloads/vacsafe-understand-color-office.pdf?fbclid=IwAR1n8hXXk_ZJtbiu7yfGW9sUiIiIsK68HVgASBrFQreMogRqIcyP8bVtBFY. Acesso em 11/08/20

[3] Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em https://saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites#. Acesso em 13/04/2020

[4] Sociedade Brasileira de Imunizações. Doença Meningocócia. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/doenca-meningococica-dm. Acesso em 05/08/2020

[5] World Health Organization. Meningicoccal Meningitis. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis#:~:text=Meningococcal%20meningitis%20is%20a%20bacterial,10%25)%20of%20severe%20sequelae. Acesso em 05/08/2020

[6] Christensen H, May M, Bowen L, Hickman M, Trotter CL. Meningococcal carriage by age: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2010;10(12):853-61.

[7] Burman C, Serra L, Nuttens C, Presa J, Balmer P, York L. Meningococcal disease in adolescents and young adults: a review of the rationale for prevention through vaccination. Hum Vaccin Immunother. 2019;15(2):459‐69.

[8] Ministério da Saúde. Sobre o Programa. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/sobre-o-programa. Acesso em 20/08/2020

[9] Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao. Acesso em 20/08/20

[10] DATASUS. Parecer Consulta Pública CONITEC – Vacina meningocócica ACWY (conjugada) para adolescentes de 11 e 12 anos no Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/57677/13126796_312373.pdf. Acesso em 05/08/2020

[11] Ministério da Saúde. Orientações técnico-operacionais para a Vacinação dos Adolescentes com a Vacina Meningocócica ACWY (conjugada). Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/PEI/Informe%20T%C3%A9cnico%20Informe_ACWY___Adolescente_02_03_2020.pdf. Acesso em: 14/05/2020

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