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CIAR-CONBRAVA 2017 atrai cerca de 1400 participantes

Eficiência Energética, Qualidade do Ar de Interiores e Fluidos Refrigerantes deram o tom para as temáticas abordadas por especialistas nacionais e internacionais no CIAR-CONBRAVA, por onde passaram cerca de 1400 participantes.

Entre os dias 12 e 15 de setembro aconteceu o CIAR-CONBRAVA 2017 evento que uniu o XIV CIAR –  Congresso Ibero-Americano de Climatização e Refrigeração e o XV CONBRAVA -Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, juntos com um mesmo propósito de ser um marco para os setores representados e que reforçaram a importância do HVAC-R na qualidade de vida, focado no tema “Pesquisar, Inovar, Climatizar e Refrigerar”. Cerca de 1400  participantes passaram pelo maior fórum tecnológico da América Latina, onde estiveram reunidas comunidades técnicas e acadêmicas, com o objetivo de promover e debater soluções para profissionais e usuários do setor HVAC-R. Na programação palestras nacionais e internacionais, mesas-redondas, cursos e exposição de painéis, direcionados a profissionais dos setores HVAC-R, indústria, comércio, serviços, e, setores clientes como Shopping Centers, Hotéis, Hospitais, Laboratórios, Supermercados, indústrias e outros.

Para o presidente do CIAR-CONBRAVA 2017, e presidente da FAIAR, Wadi Tadeu Neaime, “este congresso superou todos os demais tanto na qualidade dos trabalhos como na qualidade da assistência”

Está foi a segunda vez na história que os dois congressos aconteceram simultaneamente no Brasil, em 1985 foram realizados o III CIAR e o V Conbrava. Está foi a 14ª. edição do CIAR – Congresso Ibero-americano de Ar Condicionado e Refrigeração que é organizado pela FAIAR – Federação de Associações Ibero-americanas de Ar Condicionado e Refrigeração, a entidade conta com associados de países como Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal, Republica Dominicana, Uruguai e Venezuela.

A Programação do CIAR-CONBRAVA

A abertura do congresso aconteceu no dia anterior ao início do evento, com a realização de um coquetel para cerca de 200 profissionais dos setores representados. O evento contou com a presença de Cláudio Palma, presidente do CIAR CONBRAVA em 1985, que exaltou a realização em conjunto dos dois maiores congressos da América Latina.

Com uma programação de três dias de Congresso, a cada dia foi aberto um novo capítulo para discussão e integração de ideias com foco nos setores representados.  Foram mais de 50 palestras, um dia de treinamento, três mesas-redondas e 15 painéis abertos ao público, seguindo o exemplo acadêmico, oferecendo a oportunidade de ampliação de conhecimentos aos congressistas.

A realização do Congresso contou com o apoio das principais entidades do setor no Brasil e no exterior, como ASHRAE (USA), AHRI (USA), FAIAR, ICARHMA, ASBEA, SINDUSCON, GBC, ABESCO, ABINEE, ABRAFAC, dentre outras de notória representatividade.

Nesta edição, os três melhores trabalhos apresentados receberam o Prêmio Álvaro Tápias, assim nomeado em homenagem ao fundador da FAIAR, são eles: Análise teórica e experimental de dispositivos de expansão para mesosistemas de refrigeração por Joel Boeng , João Fábio Parise de Lara, Claudio Melo – Universidade Federal Santa Catarina; Análise da Flexibilidade Operacional, Eficiência Energética e Viabilidade Econômica de uma Planta de Cogeração por André Fransolin Rollo , José Carlos Felamingo – Union Rhac; e, Estudo da qualidade do ar interior em salas de aula por Nícolas Alexandre Fakhoury, Antonio Luís de Campos Mariani e Marcos de Mattos Pimenta – Escola  Politécnica Universidade de São Paulo.

Ao final do evento o congressista Leandro Wagner, aluno do Senai – Escola Oscar Rodrigues Alves foi sorteado e ganhou um smartphone.

As Mesas-redondas

Qualidade do Ar

No dia 13 de setembro aconteceu a mesa-redonda de Qualidade do Ar que foi coordenada pelo eng. Celso Simões Alexandre, Trox Brasil e que teve como convidados:  Eng. Paulino Pastor – Federação Espanhola FEDECAI; o eng° Leonardo Cozac – Conforlab membro Qualindoor/ABRAVA; o eng° Mário Alexandre da ASBRAV; o eng° Wili Hoffmann – Klimatu; Prof.  Dr. Antonio Luís de Campos Mariani – USP -Politécnica; e, Dr Sidney de Oliveira representando a OAB.

Um dos principais pontos abordados foi a informação sobre a norma 16890 que classifica os filtros não mais referindo a uma partícula única, mas sim, 3 conjuntos de tamanho PM10 ( 10 micra be menores), PM 2,5 (2,5 micra e menores) e PM 1 ( 1 mícron e menores),  todas elas podendo adentrar o trato respiratório, mas, sendo as de maior nível de preocupação as de 2,5, por chegarem até aos bronquíolos e alvéolos sendo que as de 0,1 podem chegar à corrente sanguínea.

Um segundo ponto muito discutido foi a quantidade de ar exterior que se deve introduzir nos sistemas HVAC,  sendo apresentadas metodologias de como calcular levando em conta o número de pessoas e as dimensões dos ambientes. A utilização do marcador CO2 como único marcador da qualidade do ar foi contestada.

Fluido- Refrigerante

A mesa-redonda de Fluido Refrigerante aconteceu no dia 14 de setembro, comandada pelo Prof. Dr. Roberto de Aguiar Peixoto, Instituto Mauá de Tecnologia, teve como convidados: Magna Luduvice – Ministério do Meio Ambiente; Paulo Neulaender – vice-presidente de Meio Ambiente da ABRAVA, Arthur Ngai – Chemours; Gustavo Pottker – Honeyweel; Ênio Bandarra –  Universidade Federal de Uberlândia; e, Paulo Napoli – Arkema.

Diversos tópicos foram tratados na mesa-redonda, entre eles, a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal que reforçou o impulso para aplicações que utilizam refrigerantes de baixo GWP e espera-se que contribua também para a inovação e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis em refrigeração, ar condicionado e bombas de calor.

Para o Brasil e países latino-americanos, os pontos importantes na temática de fluidos refrigerantes são: o apoio a transferência de tecnologia; introdução e atualização das normas de segurança para refrigerantes; projetos de demonstração e incentivos financeiros; e, treinamento técnico é essencial para o bom manejo de refrigerantes

Após a explanação dos participantes da mesa-redonda e discussão, chegou-se à conclusão que:

  • Algumas tecnologias não-HFCs enfrentam obstáculos à ampla aceitação devido a padrões restritivos, em particular para refrigerantes inflamáveis;
  • Para permitir transições para refrigerantes inflamáveis de baixo GWP, uma revisão dos limites de carga atualmente utilizados está a caminho;
  • A escolha dos refrigerantes é muito provável que seja uma combinação de eficiência energética, custos e desempenho ambiental, incluindo aspectos de segurança associados à toxicidade do refrigerante e à inflamabilidade;
  • As regulamentações regionais e nacionais (por exemplo, com relação a inflamabilidade e carga) direcionarão muitos desenvolvimentos que ocorrerão;
  • O uso de refrigerantes puros e refrigerantes “naturais” (não-sintéticos), incluindo hidrocarbonetos, deve ser ampliado após 2019-2020;
  • A ênfase em equipamentos com eficiência energética melhorada (ou seja, menores níveis de consumo de energia) e refrigerantes com baixo GWP é muito mais significativo do que antes;
  • O uso de refrigerantes inflamáveis requer a avaliação de procedimentos e o estabelecimento de normas sobre boas práticas.

 

Eficiência Energética

Coordenada pelo eng. J. C. Felamingo, a mesa-redonda de Eficiência Energética, aconteceu no dia 15 de setembro e contou com a presença de renomados profissionais do setor entre eles: Pablo Becker (diretor de Eficiência Energética da CPFL), João Pereira da Silva Neto (professor da Fatec), Raul José de Almeida (diretor da Teknika), João Carlos Antoniolli (coordenador de aplicação de Produtos da Johnson Controls) e a Dra. Suely Machado Carvalho (especialista sênior do Painel de Avaliação Tecnológica e Econômica do Protocolo de Montreal).

Na abertura da mesa, o coordenador, mostrou a importância que tem a energia elétrica em nossas vidas, pois só damos a devida importância a ela em nosso cotidiano quando inesperadamente seu suprimento é interrompido. Citou, ainda, que 15 a 17% de toda a energia elétrica mundial é consumida no setor de HVAC. Dado esse discutido no Congresso, mais especificamente pela mesa redonda de fluídos refrigerantes, que ocorreu no dia anterior, conduzida pelo prof. Roberto de Aguiar Peixoto.

Durante a discussão foram apontadas novas tendências, apontando para novos caminhos. O quesito “eficiência do sistema”, como um todo, foi o início das “provocações para a plateia”, quando os debatedores consideraram que sua implantação ocorre já por ocasião da escolha do sistema de HVAC a ser aplicado, através de equipamentos e componentes certificados, por uma eficiente operação e manutenção, bem como o correto uso da temperatura de operação (“set point”) nos ambientes proporciona considerável redução no consumo de energia, além do que, sendo variável em função das estações do ano e da carga térmica interior, aumenta o índice de conforto térmico dos usuários.

Outro item discutido foi o da escolha do fluído refrigerante a ser utilizado nos equipamentos, que além de ser elemento perene no sistema de HVAC, vise, também, os melhores índices de eficiência energética.

O debate ganhou corpo uma vez que os convidados são profissionais competentes e a plateia de alto nível, composta por professores, engenheiros, técnicos e usuários da área do HVAC, que abrilhantando a uma hora e meia de debates acalorados e consistentes, evidenciaram cada vez mais o comprometimento de nossa área com a sustentabilidade do ecossistema em que vivemos.

Mais informações sobre o CIAR-CONBRAVA deverão ser solicitadas no e-mail, [email protected].

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