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Asma Grave: Campanha alerta sobre os cuidados

Atriz Taís Araujo, que tem Asma Grave, é embaixadora da campanha.

Rio de Janeiro, setembro de 2021 – A Asma é uma doença comum das vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões) causada por inflamação das vias aéreas. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a asma causa os seguintes sintomas: falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, chiado no peito e tosse. Em sua forma grave, conhecida como Asma Grave, as exacerbações podem levar a internações, sendo uma doença que demanda tratamento e acompanhamento médico constante. Com a Pandemia da Covid-19, muitos pacientes deixaram de comparecer aos consultórios médicos e, com isso, deixaram de se informar sobre os novos tratamentos disponíveis, que proporcionam uma melhor qualidade de vida para quem sofre de Asma Grave. Além disso, muitos passaram a se automedicar, principalmente, com corticoides, que podem ajudar a curto prazo, mas que podem comprometer outros órgãos no futuro.

“A consulta com um médico é a melhor forma de ter o diagnóstico. É direito do paciente receber alguma forma de orientação”, explica o médico pneumologista Ciro Kirchenchtejn, mestre em Pneumologia pela EPM-UNIFESP, membro do grupo docente da disciplina de Pneumologia e Medicina Preventiva da UNIFESP e membro da comissão de tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBTP).

O especialista reforça que “todo paciente portador de doença crônica requer acompanhamento contínuo, precisando reforçar seus conhecimentos sobre sua doença, sintomas, meios de monitorização, reconhecimento de sinais de piora ou exacerbação e entendimento sobre as medidas terapêuticas a serem tomadas, quer ambientais, quer medicamentosas”. A campanha “Respire Liberdade”, tem por objetivo incentivar os pacientes com Asma Grave a assumirem o protagonismo nessa jornada de busca por informação sobre o melhor tratamento disponível, seja na rede pública ou privada.

“A Asma Grave é uma doença dinâmica, e que tem na sua plasticidade a possibilidade de aumento, redução e muitas vezes supressão dos medicamentos. Monitorar com visitas clínicas, exames como prova de função pulmonar, avaliação de eficácia do tratamento e de possíveis efeitos adversos são essenciais para uma boa evolução. A frequência destas consultas vai depender da frequência e intensidade dos sintomas, dos medicamentos em uso, das doenças associadas e das condições ambientais. Mesmo com a pandemia, por meio de teleconsultas muito se pode fazer para orientar o paciente asmático e sua família”, acrescenta Kirchenchtejn.

A campanha, que tem como embaixadora a atriz Taís Araujo, estreia em agosto e reunirá no Instagram @RespireLiberdade dicas, depoimentos e entrevistas com médicos especialistas. “A importância é que a asma é uma doença que pode te impedir de muitas coisas, te limitar de muitas coisas, mas, com acompanhamento médico, você pode ter uma vida normal, absolutamente normal. O uso da medicação é essencial para que você tenha uma vida com qualidade”, comenta Taís, que tem Asma Grave.

O tratamento da Asma Grave é fundamental, principalmente, no inverno, quando as temperaturas mais baixas podem agravar os sintomas da doença. Se não tratada adequadamente, não compromete apenas a saúde e a qualidade de vida do paciente, como pode levar a óbito ¹̕ ²̕ ⁵. Também é importante lembrar que a vacinação anual contra influenza nos pacientes com asma moderada a grave de qualquer faixa etária, é medida importante para redução de crises da doença, especialmente em um cenário de sobrecarga dos serviços de saúde em razão do aumento no número de casos de Covid-19 ⁶̕ ⁷.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2019, 262 milhões de pessoas no mundo viviam com Asma, dos quais 5% a 10% são pacientes diagnosticados com Asma do tipo Grave ⁸̕ ⁹. No total, mais de 46 mil mortes foram relacionadas à doença globalmente ⁹̕ ¹⁰. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diferentes formas desta que é uma doença inflamatória e de origem alérgica⁹.

Novo tratamento inovador já disponível na rede privada

Os brasileiros que sofrem com a Asma Grave tiveram uma boa notícia no início do ano, quando os planos de saúde passaram a cobrir o tratamento da doença com terapias à base de imunobiológicos. Vale lembrar que os pacientes precisam cumprir os critérios de utilização do tratamento.

A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS) também deu parecer favorável à incorporação no SUS do mesmo tratamento³̕ ⁴.

A Asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS, conforme o grupo etário, tendo em média 350.000 internações anualmente¹⁰. Uma das principais medidas para o controle da Asma é o tratamento adequado de acordo com a gravidade da doença e a adesão do paciente ao tratamento ¹¹. A Asma Grave não espera, mas ela tem tratamento.

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