quinta-feira , 25 abril 2024
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Oferta da EMS para comprar Hypera esbarraria no Cade

Uma eventual oferta da EMS para compra da concorrente Hypera Pharma (antiga Hypermarcas) enfrentaria dificuldades no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na avaliação de fontes da indústria. As duas empresas são as maiores no mercado farmacêutico nacional, lideram as vendas de genéricos no país e têm posição relevante em outros segmentos.

Para essas fontes, dificilmente o órgão regulador aprovaria o negócio sem restrições, embora a consolidação no mercado farmacêutico, especialmente em genéricos, seja vista como um movimento natural e saudável. Em março, a Novamed, que pertence ao grupo NC, dono da própria EMS, fechou a compra da Multilab, laboratório com atuação principalmente em genéricos e similares que pertencia à Takeda.

Essa não é a primeira vez que circulam informações sobre um potencial interesse da EMS, do grupo NC, na farmacêutica controlada pelo empresário João Alves de Queiroz Filho, o Júnior. No início do ano passado, fontes informaram ao Valor que Biolab, Eurofarma e Aché teriam sido procurados por assessores financeiros da Hypera, que negou “veementemente a existência de negociações para venda de seu controle ou fusão com outra empresa do setor. O interesse da EMS também foi mencionado naquela ocasião.

No começo de abril, a Hypera, o então presidente da farmacêutica, Claudio Bergamo, e Júnior, que ocupava a presidência do conselho de administração, foram alvos da Operação Tira-Teima da Polícia Federal. Dias depois, Bergamo e Júnior pediram afastamento temporário de suas funções na companhia e há expectativa em torno de acordos de leniência e delação premiada decorrentes dessa investigação.

Segundo uma fonte, internamente, a informação é a de que a Hypera não está à venda, mas o foco do controlador estaria agora em outros negócios, entre os quais o UOL. No começo deste ano, Júnior era o segundo maior acionista da companhia, que realizou uma bem-sucedida operação de abertura do capital do braço de pagamentos on-line, o PagSeguro, na Bolsa de Valores de Nova York.

Fonte: Valor

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