O conselho de administração da Hypera aprovou na última quinta-feira (26) o afastamento do seu principal acionista João Alves de Queiroz Filho da presidência do colegiado e do presidente-executivo da farmacêutica, Cláudio Bergamo, de acordo com fato relevante, em meio a investigações envolvendo a delação premiada de um ex-executivo da empresa.
A companhia disse que Queiroz Filho e Bergamo apresentaram pedido de afastamento voluntário ao conselho “pelo período necessário à conclusão da apuração interna e das investigações, pelo Ministério Público Federal”.
Ainda de acordo com o comunicado da empresa, o conselho aceitou os pedidos “pelas razões neles formuladas, notadamente a de permitir ampla liberdade e completa isenção na apuração interna e nas investigações conduzidas pelas autoridades competentes”. Ainda aprovou constituir Comitê Especial Independente para coordenar nova apuração interna dos fatos.
O conselho designou o conselheiro Luiz Eduardo Violland para exercer a presidência do colegiado e Breno Toledo Pires de Oliveira para exercer as funções de presidente-executivo. Também foram designados Vivian Karina Trujillo Angiolucci como diretora financeira e Adalmario Ghovatto Satheler do Couto como diretor de relações com investidores.
No começo do mês, o escritório da empresa e as residências de Queiroz Filho e Claudio Bergamo dos Santos, além da de dois executivos com cargos administrativos, foram alvo de trabalhos de busca e apreensão pela Polícia Federal, como parte da operação Tira-Teima, que se baseia na delação premiada do ex-diretor da empresa Nelson José de Mello.
As ações da companhia fecharam em queda de 4%, já afetadas por notícias sobre a possível saída dos executivos.
Fonte: G1