A Rota Estratégica da Biotecnologia foi lançada na última quarta-feira (11), pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).
Apontada como um dos setores portadores de futuro do projeto Indústria 2035, a área de Biotecnologia no Espírito Santo vai receber um estudo profundo que apresenta uma visão estratégica para acelerar o seu desenvolvimento.
A Rota Estratégica da Biotecnologia foi lançada na última quarta-feira (11), pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).
De acordo com a Federação da Indústrias, a iniciativa reflete a união de esforços de toda a cadeia produtiva com um objetivo de impulsionar o setor em todo o estado. O mercado global da biotecnologia pode chegar, segundo o Fórum Econômico Mundial, a cerca de 700 bilhões de dólares até 2025.
“A publicação da Rota é um direcionador da trilha que precisamos percorrer para o futuro desejado da área no Espírito Santo, com vistas a incrementar a participação de diferentes stakeholders do Estado no mercado global da biotecnologia. É a construção de uma agenda convergente para as esferas públicas e privadas. Traçar os caminhos necessários que a Biotecnologia precisa percorrer no curto, médio e longo prazo é o primeiro passo para que o Espírito Santo seja um polo de referência em Biotecnologia, com soluções inovadoras e sustentáveis”, destacou o presidente da Findes, Léo de Castro.
A Biotecnologia no Espírito Santo
Historicamente, a biotecnologia é desenvolvida no Espírito Santo pelo menos desde a década de 40, segundo especialistas do estado, principalmente na área de pesquisa e desenvolvimento ligada à produção agropecuária e à indústria farmacêutica, e, posteriormente, a algumas grandes indústrias sediadas no estado.
Durante o desenvolvimento da Rota Estratégica da Biotecnologia foram identificadas instituições de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com infraestrutura e conhecimento científico e tecnológico voltados à aplicação da biotecnologia nos segmentos de saúde, agronegócio e meio ambiente.
O Estado conta com um grande diferencial que é a sua biodiversidade. Ter 100% do território capixaba inserido dentro do bioma da Mata Atlântica tornou-se uma grande vantagem comparativa, trazendo um potencial enorme que já é reconhecido e mapeado como um ativo de valor único para o desenvolvimento de inovações e para a geração de valor com impacto socioeconômico positivo e de maneira sustentável.
Além da Mata Atlântica, outros ecossistemas associados, como o manguezal e a restinga, reforçam o potencial da biodiversidade local. Por fim, mas não menos importante, a biodiversidade marinha do Espírito Santo é apontada como uma das mais ricas do Brasil e de relevância mundial, já com mapeamento de potencial para desenvolvimentos biofarmacêuticos, por exemplo.
Fonte: Folha de Vitória