Horas trabalhadas, utilização da capacidade instalada, emprego, massa salarial real e rendimento médio real cresceram na passagem de março para abril, período auge da segunda onda de Covid-19
Os Indicadores Industriais, pesquisa mensal da Confederação Nacional da Industria (CNI), mostram que, no auge da segunda onda de Covid-19, na virada entre março e abril deste, a indústria reagiu de forma positiva. As horas trabalhadas na produção cresceram 0,7% em abril, após alta de 1,1% no mês anterior, o emprego registrou alta pelo nono mês consecutivo e massa salarial retornou ao patamar pré-pandemia.
A utilização da capacidade instalada continuou elevada, mantendo-se acima de 80% pelo segundo mês consecutivo. Mas, apesar da melhora na atividade, o faturamento real da indústria de transformação recuou 1,3% no período.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, avalia que a atividade industrial persistentemente alta reflete a busca pela recomposição de estoques. “Todo esse movimento, com utilização da capacidade instalada elevada e crescimento constante no emprego, é resultado do rápido crescimento do segundo semestre do ano passado e da resiliência na indústria nos primeiros meses do ano”, avalia Azevedo.
As horas trabalhadas na produção aumentaram 0,7% em abril de 2021, após alta de 1,1% em março. Na comparação com abril de 2020, as horas aumentam 35,1%. Naquele mês, a atividade industrial se reduziu significantemente por conta da pandemia. O rendimento médio real também cresceu pelo segundo mês consecutivo, ainda que de forma mais moderada (alta de apenas 0,2%). O rendimento médio segue inferior ao registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia.