quinta-feira , 25 abril 2024
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Alavancada por lançamentos, Pfizer planeja retomar ritmo de crescimento no Brasil em 2019

Uma das maiores farmacêuticas do mundo, a americana Pfizer está deixando para trás um período de desempenho aquém do que estava acostumada a registrar no Brasil. Depois de fechar 2016 com vendas em queda, a farmacêutica atravessou 2017 com alguma estabilidade e, no ano passado, voltou à curva ascendente, com alta de 6% e receitas de cerca de R$ 6 bilhões.

Em 2019, alavancada pelos lançamentos mais recentes, a farmacêutica projeta voltar aos dois dígitos de expansão, com manutenção desse ritmo em 2020. “É um novo momento para a companhia”, diz o presidente da Pfizer Brasil, Carlos Murillo, referindo-se tanto à recuperação das vendas no país quanto à reorganização dos negócios que está em curso globalmente

De certa maneira, conta o executivo, a performance no país reflete o caminho percorrido globalmente pela farmacêutica nos últimos anos, marcados primeiro pelo elevado número de patentes perdidas, por uma série de reestruturações e, mais recentemente, pela reorganização dos negócios em três unidades, já implementada no Brasil.

Em julho, a Pfizer anunciou que seus medicamentos inovadores foram reunidos em uma divisão específica, que leva esse mesmo nome (Innovative Medicines). Outra área reúne as marcas já consolidadas, entre as quais Liptor e Viagra, com sede na China. “São produtos estabelecidos, que ainda contam com grande volume de vendas, especialmente nos países emergentes”, afirma o executivo.

A terceira divisão é uma novidade para a Pfizer e marca sua entrada no segmento hospitalar. O negócio de saúde do consumidor, que estava à venda desde 2017, será unido à mesma área da concorrente GlaxoSmithKline (GSK) em uma joint venture de US$ 12,7 bilhões, considerando-se as vendas combinadas em 2017.

As transformações dos últimos anos, e o impacto da redução do número de lançamentos no início da década, estão evidenciados no novo tamanho da companhia: de US$ 75 bilhões em vendas em 2010, a Pfizer encerrou 2018 com vendas globais de quase US$ 54 bilhões. A rentabilidade, porém, foi assegurada durante esse período. No Brasil, observa Murillo, o encolhimento foi menor. “Foi necessário enfrentar a perda de patentes no Brasil, mas ela não foi tão dramática. Aqui, o valor da marca ainda se mantém”, diz.

Fonte: Valor

 

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