Tetracampeã do setor, companhia também é destaque entre as 10 empresas mais inovadoras do país no prêmio Valor Inovação.
Pelo quarto ano consecutivo, o Aché Laboratórios é o primeiro colocado na categoria “Farmacêutica e Ciências da Vida” do prêmio Valor Inovação, promovido pelo jornal Valor Econômico em parceria com a consultoria Strategy&, da PwC. A companhia também se destaca na 8ª posição entre as 10 empresas mais inovadoras do país. O evento de premiação foi realizado ontem (4/7), em São Paulo.
Com o intuito de reconhecer as organizações privadas que mais fomentam a inovação, o ranking utiliza como critérios de seleção o percentual da receita direcionada para a criação de novos produtos; processos e estruturas, bem como sua maturidade; o número de lançamentos, além da implantação de uma cultura corporativa voltada para essa área.
De acordo com Stephani Saverio, diretor de Inovação e Novos Negócios, o Aché conta com uma equipe estruturada, com mais de 300 profissionais dedicados a desenvolver novos produtos e oferecer o que há de mais inovador ao mercado brasileiro. “Esses esforços refletem em um portfólio diversificado, que atende às mais variadas necessidades de nossos consumidores. Além disso, atualmente, investimos cerca de 10% do nosso EBTIDA em inovação. Lançamos 30 produtos em 2017 e temos 38 novos medicamentos previstos para este ano”, explica.
Inovação radical e incremental
Com relação à inovação incremental, o Aché vislumbra uma série de oportunidades. “O Brasil caminha para conquistar a 5ª colocação entre os maiores mercados farmacêuticos do mundo, temos tamanho suficiente para desenvolver grandes projetos e plataformas tecnológicas que sejam inovadoras para o Brasil e também para o mundo. Além disso, as farmacêuticas nacionais já têm se organizado e muitas já possuem plenas condições de desenvolver formulações inovadoras que resultarão em inovações incrementais importantes e consequentemente medicamentos ainda mais eficazes, seguros e convenientes para os pacientes”, destaca Saverio.
Já com relação ao desafio da inovação radical, a companhia entende que esta será a nova grande área de desafio para a indústria nacional e acredita que a biodiversidade brasileira pode ser uma grande aliada. “Nossa natureza é singular. Temos 25% de toda a biodiversidade mundial e pouquíssimas espécies são conhecidas. Temos muito a aprender com nosso meio ambiente”, reforça o executivo. O Aché já tem foco em Inovação Radical há bastante tempo, tanto que foi o pioneiro ao desenvolver um produto de inovação radical 100% Brasileiro, o Acheflan, lançado em 2004. Nos últimos anos aceleramos muito nossos esforços em inovação radical e outros grandes projetos estão por vir”., conclui.
Parcerias para inovar
Em novembro de 2015, o Aché inaugurou seu laboratório de Design e Síntese Molecular, que permitiu a sua entrada no Structural Genomics Consortium (SGC), em 2016, com sede em Toronto, no Canadá, e Oxford, no Reino Unido. Trata-se de uma parceria internacional entre universidades, governos e indústrias para acelerar o desenvolvimento de novas moléculas. O foco principal desta colaboração é a pesquisa em quinases, enzimas intimamente ligadas a vários tipos de câncer.
Já em novembro de 2017, a companhia inaugurou, em parceria com a Ferring Pharmaceuticals, o NILE (Nanotechnology Innovation Laboratory Enterprise, primeiro laboratório do país focado em desenvolvimento de plataforma tecnológica baseada em nanotecnologia. O espaço recebeu mais de 7 milhões de reais em investimentos (equipamentos e infraestrutura), e permitiu criar tecnologias exclusivas para ambas empresas, contribuindo para desenvolver e fomentar a ciência no Brasil e no mundo. As pesquisas em nanotecnologia vêm atender às necessidades não atendidas dos pacientes e poderão proporcionar a redução de efeitos adversos relacionados aos medicamentos, o aumento da aderência do paciente ao tratamento e a comodidade na administração posológica.
Além disso, em dezembro de 2017, o Aché firmou parceria com CNPEM e Phytobios, com o objetivo inicial de desenvolver produtos inovadores a partir da biodiversidade brasileira. O programa nasceu com a finalidade de descobrir e desenvolver novos medicamentos nas áreas de oncologia e dermatologia, baseados em moléculas encontradas em plantas de diferentes biomas brasileiros. O investimento inicial no projeto é de R$ 10 milhões. A expectativa é que novos produtos e tecnologias sejam patenteadas e disponibilizadas ao mercado em até 15 anos.