sexta-feira , 29 março 2024
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Qualidade do ar interno, renovação do ar e ventilação em ambientes internos são essenciais para minimizar o contágio do coronavírus

Desde que foi confirmado por diversos órgãos que o SARS-CoV-2 ou coronavírus é transmitido pelo ar, a ventilação, renovação do ar e qualidade do ar interno em ambientes fechados ganharam destaque como ações para diminuição do contágio.

E, pensando neste cenário que o Qualindoor – Departamento Nacional de Qualidade do Ar Interno da ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, chama atenção para esses temas que podem contribuir com a diminuição do contágio da COVID-19, além de destacar informações relevantes a respeito do uso do ar-condicionado e sua relação com a saúde das pessoas neste momento de pandemia.

Transmissão aérea da Covid-19, qualidade do ar interno, janelas e portas abertas, troca de ar e diluição do ar são alguns dos termos em evidência neste momento de pandemia

De acordo com Marcelo Munhoz, Presidente do Qualindoor, “uma pessoa respira cerca de 10 mil litros de ar diariamente, e passa 90% do seu dia em ambientes fechados, logo questões como a qualidade do ar respirado, filtragem de poluentes, conforto térmico, bem-estar e controle de doenças respiratórias devem ser observadas. Ambientes existentes, precisam obrigatoriamente de renovação de ar adequada e dimensionada de forma que atendam às normas vigentes, como prevenção do contágio de qualquer tipo de vírus presentes no ar, segurança, produtividade e saúde das pessoas”.

Preocupados com a Qualidade do Ar Interno respirado pelas pessoas, no começo de 2021 por iniciativa do Qualindoor, foi lançado o Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI) que tem por objetivo o desenvolvimento de ações de forma colaborativa para a mobilização da sociedade e adoção de medidas capazes de promover a qualidade do ar em ambientes internos, tornando-os saudáveis e mitigando os efeitos nocivos de espaços insalubres, que afetam a saúde e a capacidade produtiva das pessoas.

O contágio do SARs-cov2 e sua relação com o ar interno

Assim como a ABRAVA, que já havia reconhecido em abril/2020, diversos órgãos como o Ministério da Saúde, OMS – Organização Mundial da Saúde,  Ashrae e CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças, entre outros, reconheceram que o coronavírus “é transmitido através do ar, por gotículas ou por aerossóis.”

A recomendação de protocolos inadequados como não usar o ar-condicionado ou desligar ventiladores, tem levado a sociedade à prática de ações incorretas pois, apenas a limpeza de superfícies, lavagem das mãos, uso de máscaras, não são suficientes para diminuição do contágio do coronavírus.

O Dr. Paulo Saldiva, médico da USP e conselheiro médico do PNQAI, um dos 239 cientistas do mundo que assinou a carta à OMS reconhecendo a transmissão da COVID-19 por micropartículas, destaca que o risco de contaminação como a do coronavírus em ambientes externos é pequeno. Para ele, não resta dúvida que os locais com maior índice de contágio são os ambientes fechados, sem renovação e sem ventilação, em especial os com maior número de pessoas, é por esse motivo que o distanciamento social estabelecido nos protocolos deve ser seguido.

De acordo ainda com Saldiva, “O único jeito de controlar a contaminação da COVID-19 que circula pelo ar, sejam em residências, ambientes comerciais ou transporte público é promover a diluição do ar nestes ambientes, de forma que haja a renovação do ar interno, pois com a circulação de ar e sua saída para o ambiente externo, o risco de contágio cai drasticamente”

Historicamente, quando ocorreu a contaminação via SARS-Cov-1 em 2000, o uso do ar-condicionado chegou a entrar em pauta devido à constatação de muitos sistemas inadequados. Atualmente, esta tese perdeu forças, pois dentre seis estudos já realizados por diferentes países, dois deles já publicados, não existem referências que ar-condicionado seja um fator de risco, mas, vale destacar que existem evidências de que, uma ventilação adequada pode proteger as pessoas da contaminação.

A qualidade do ar interno no dia a dia

Um dos temas mais discutidos atualmente é a qualidade do ar interno (QAI) dentro e ao redor de edifícios e estruturas, especialmente no que se refere à saúde e conforto de seus ocupantes. Compreender e controlar poluentes comuns em ambientes fechados pode ajudar a reduzir o risco de problemas de saúde.

De modo geral, o ar respirado em ambientes internos é composto por diversos agentes como poeira, produtos químicos usados para limpeza de ambientes, ácaros, fungos, radônio, queima de biomassa, entre tantos outros, como o vírus do SARS-CoV-2, responsável pela pandemia que assola o mundo. Neste contexto, entre diversos fatores, entra em evidência o fator chamado de “síndrome dos edifícios doentes” que apresenta edifícios que não atendem as condições necessárias para a correta qualidade do ar interno, comprometendo assim, diretamente a saúde e produtividade das pessoas.

A Resolução 09 da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, publicada em 16 de janeiro de 2003, recomenda que ambientes internos tenham o máximo de 1000 partes por milhão (ppm) de CO2 (dióxido de carbônico). A ventilação inadequada faz com que CO2 e outros contaminantes do ar interior se acumulem nos ambientes.

Educar os setores responsáveis e a sociedade com o objetivo de provocar uma mudança cultural em relação aos direitos e deveres de todos os agentes envolvidos com a temática da qualidade do ar interno, renovação de ar e ventilação, é o desafio do momento.

Mas, o grande problema atual é a capacidade do ar interior em concentrar infecções virais, como a COVID-19. São nessas ocasiões que a renovação do ar e a ventilação no ambiente são fundamentais, pois evitam que ocorra a estagnação do ar interno, as vezes contaminado, em casos de circulação de pessoas contaminadas em determinado ambiente, fator que tem contribuído para o aumento de pessoas infectadas.

O risco de contágio aumenta em ambientes internos e mal ventilados, por não haver a troca do ar contaminado, filtragem e a diluição do ar, pessoas infectadas com o SARS-CoV-2 produzem milhares de pequenas partículas respiratórias carregadas de vírus, que quando expiram soltam diversas dessas partículas que podem ser inaladas por pessoas que estão a uma curta distância. Além de, a possibilidade de as demais partículas expiradas se dispersarem em distâncias mais longas, podendo vir a ser inalada por pessoas a mais de 2 metros de distância. Em tempo, vale ainda destacar que, mesmo que a pessoa infectada deixe o ambiente, as partículas que carregam o coronavírus podem ficar suspensas no ar, ainda por um bom tempo. Esse é um dos motivos que a troca do ar e a sua desinfecção se faz de extrema importância.

A garantia de uma ventilação adequada e a renovação do ar interno são itens que destacam e aumentam a responsabilidade civil e técnica dos gestores de ambientes, onde a falta de informação e o compromisso com a operação de locais que possuem sistemas de ar-condicionado levam a falta da manutenção adequada e o descumprimento das leis e normas existentes, colocando as pessoas e todo o ambientes em risco.

Manter apenas portas e janelas abertas são ações que não garantem a troca do ar necessária em ambiente possivelmente contaminado, devido a diversos fatores como, a falta de corrente de ar que pode vir a “empurrar” o vírus para fora do ambiente, a diluição de um possível ar contaminado e a sua filtragem, ações que devem  ser realizadas por meios mecânicos, como os sistemas de ar-condicionado e os ventiladores,  podendo ainda ser considerado no processo de descontaminação o uso de novas tecnologias nestes ambientes, como por exemplo, as lâmpadas UV-C e a Ionização Radio Catalítica (IRC) em contribuição à diminuição da propagação do vírus.

O uso do ar-condicionado durante a pandemia e sua contribuição à saúde

Para os próximos meses, e quem sabe próximos anos, fica para a sociedade, em especial os proprietários e profissionais responsáveis por quaisquer tipos de ambientes coletivos, como shoppings, hospitais, escolas, supermercados, hotéis, templos religiosos, academias, comércios de pequeno e médio porte em geral e afins, a responsabilidade e o compromisso de assegurar que todos os ambientes públicos ou privados, tenham a qualidade do ar interno adequada e nos parâmetros a ser respirado por todos.

Para as empresas do setor da climatização e refrigeração fica a missão de fabricar, projetar e instalar sistemas de climatização artificial mais eficientes, qualificação profissional e novas tecnologias disponíveis que possam minimizar a propagação, não apenas do SARS-CoV-2, assim como de suas variantes, entre outros agentes contaminantes.

Nesse contexto, a valorização da qualidade do ar interno passa a ser objetivo de um novo olhar e análise para o futuro, por meio de pesquisas e outras ações, atos que requerem investimentos para que se encontrem caminhos viáveis para esta e outras pandemias. Fica o alerta que será necessário cuidar também, do ar interno nos meios de transportes de massa, como ônibus, metrô e trens.

A volta das atividades econômicas requer especial atenção, pois a maioria dos ambientes, não foram projetados considerando uma adequada renovação do ar ou ventilação adequada. Essa situação requer avaliações prévias, contratação de empresas e profissionais habilitados para análises de riscos em ambientes internos, entre outras ações.

A ABRAVA tem atuado com base no compromisso diante da sociedade e setores representados na busca de soluções técnicas possíveis, fomento de informações e cooperação em ações que possam minimizar o aumento de contágio da pandemia do coronavírus. Mais informações podem ser conferidas no www.abrava.com.br, e contatos no contexto técnicos via email [email protected].

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