domingo , 15 setembro 2024
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Tecpar assina contrato para obras de infraestrutura de parque tecnológico em Maringá
Projeto do Parque Tecnológico do Tecpar em Maringá. Divulgação

Tecpar assina contrato para obras de infraestrutura de parque tecnológico em Maringá

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) assinou, nesta segunda-feira (12), o contrato com a empresa vencedora da licitação do edital que previa a construção da infraestrutura do Parque Tecnológico do Tecpar em Maringá. A Sial Construções Civis apresentou o menor valor para a execução das obras, cujo investimento será de R$ 22,9 milhões.

A assinatura do contrato com a empresa vencedora dá andamento à fase 1 da implantação do parque tecnológico, que contempla a infraestrutura no local, um terreno doado pela Prefeitura de Maringá ao Tecpar, com área de 100 mil metros quadrados.

A empresa irá agora realizar as obras para implantar a infraestrutura do parque tecnológico, o que inclui o asfaltamento e cercamento da área e a construção de um prédio administrativo e central de utilidades, dentre outras edificações necessárias para o funcionamento do parque.

Celso Kloss, diretor-presidente do Tecpar, salientou que a assinatura do contrato com a empresa começa a tirar do papel um plano que vai fortalecer a saúde pública brasileira, interiorizando a atuação do instituto.

“O Tecpar é um laboratório público oficial, o que significa que tem entre seus objetivos o fornecimento de produtos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Ao longo da sua história, o instituto deu inúmeras contribuições à saúde pública brasileira e agora passa a executar um projeto que irá consolidá-lo como fornecedor público nacional. Além disso, o novo parque tecnológico vai levar ainda mais desenvolvimento para Maringá”, pontuou. A Sial Construções Civis foi representada na assinatura pelo diretor Pedro Rossi.

Os recursos para a construção do parque tecnológico são oriundos do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o financiamento de projetos em áreas estratégicas do Paraná. A previsão é que a obra seja executada em até dois anos.

“O que estamos fazendo agora é o início de uma operação que visa construir a base física para as indústrias de medicamentos biológicos instaladas em Maringá. Vamos iniciar primeiro com dietoterápicos, mas, ao final, também queremos produzir medicamentos biológicos e contribuir com a solução da demanda de importação muito grande que nós temos hoje no Brasil desses medicamentos”, disse o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

O diretor-geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Jamil Abdanur Júnior, destacou que o projeto é de extrema relevância para o Estado do Paraná. “É a criação de mais um parque tecnológico da área de saúde instalado numa região de Maringá, que já tem expertise e que vocação para o desenvolvimento de temas relacionados à área de saúde”, pontuou.

“Esta iniciativa proporciona ao Estado o desenvolvimento de novos produtos que vão atender questões relacionadas à saúde humana e animal. Para o Paraná, isso assegura a possibilidade, inclusive, de diminuição da dependência de produtos de outros países e vai criando uma autonomia para que além de ter os seus produtos, o Estado possa até mesmo melhorar as condições das estruturas já existentes. Tudo isso com o apoio das nossas instituições de ensino, que também estão a serviço desse projeto”, afirmou.

FASE 2 – Em maio deste ano, o Governo do Paraná formalizou um protocolo de intenções entre o Tecpar e a empresa Astra Medical Supply para a instalação de uma unidade industrial voltada à produção de fórmulas nutricionais no parque tecnológico. A implantação da fábrica faz parte da fase 2 do projeto de instalação do parque tecnológico, que tem como objetivo atrair várias empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento de produtos de ponta na área de saúde.

A escolha da empresa se deu após um chamamento público, que teve como vencedor o consórcio das empresas Astra Medical Supply e Nucitec. Além da instalação da indústria para produção nacional das fórmulas de nutrição clínica especializada, a parceria também prevê a transferência de tecnologia para o instituto paranaense.

SAÚDE – As primeiras fórmulas nutricionais que serão produzidas no parque vão ser utilizadas para alimentação de pessoas com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), um efeito adverso à saúde decorrente de uma resposta imune específica que ocorre na exposição a uma proteína presente no leite de vaca. Os produtos serão destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo a uma demanda nacional por este tipo de fórmula.

Ter no Brasil uma plataforma de desenvolvimento industrial para formulações pediátricas, como no caso da APLV, é considerado pelo Ministério da Saúde como uma estratégia para atender a doença negligenciada e um desafio em saúde e de solução produtiva e tecnológica para o SUS. A recomendação do órgão é que haja produção de medicamentos e formulações para tratamento da população pediátrica de forma a garantir o abastecimento em nível nacional.

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