Em entrevista exclusiva ao Portal 2A+ Farma, Rodrigo Martins de Oliveira, Diretor Executivo de Business Operations da Takeda, fala sobre os investimentos em diferentes áreas terapêuticas, o lançamento de novos produtos, modernização de fábricas e políticas voltadas para ESG.
Oliveira afirma que a empresa tem boas expectativas para os próximos anos. “A operação do Brasil foi uma das escolhidas para o plano estratégico da Takeda e a nossa meta é beneficiar mais três milhões de brasileiros até 2025, por meio de nossas terapias inovadoras focadas em necessidades médicas ainda não atendidas. Além de reforçarmos o potencial do nosso País, teremos a oportunidade de contribuir diretamente com o propósito da Takeda de oferecer uma saúde melhor para as pessoas e um futuro mais brilhante para o mundo”.
O diretor destaca a expansão de diferentes áreas como Doenças Raras (Hematologia, Imunologia, Doenças Lisossomais), Gastroenterologia, Neurociências, Oncologia, Terapias Derivadas do Plasma e Vacinas, reforçando o posicionamento da Takeda em suprir necessidades médicas ainda não atendidas.
“Paralelamente, estaremos focados na implementação do Plano Aspiracional, programa global da Takeda desenvolvido para países com grande potencial de expansão para a biofarmacêutica, entre os quais o Brasil faz parte. Considerando as 80 afiliadas, o País figura entre as dez maiores operações da Takeda no mundo e temos como meta beneficiar mais três milhões de brasileiros com acesso a tratamentos inovadores até 2025, além dos pacientes já atendidos”, acrescenta.
O plano, segundo o diretor, prevê ainda que a Takeda Brasil mantenha-se entre as 10 principais indústrias farmacêuticas em atuação no país, buscando o crescimento de duplo dígito acima do mercado farmacêutico total (retail e non-retail).
Lançamentos
Atualmente, a Takeda comercializa 44 produtos no Brasil. Os principais medicamentos disponíveis são: Adcetris® (brentuximabe vedotina), Advate® (alfaoctocogue – fator VIII de coagulação – recombinante), Dexilant® (dexlansoprazol), Elaprase® (idursulfase), Entyvio® (vedolizumabe), Evobrig® (brigatinibe), Feiba® (complexo protrombínico parcialmente ativado), Firazyr® (icatibanto), HyQvia® (imunoglobulina G 10%), Kiovig® (imunoglobulina G), Ninlaro® (citrato de ixazomibe), Replagal® (alfagalsidase), Takhzyro® (lanadelumabe) e Venvanse® (dimesilato de lisdexanfetamina).
Até o fim do ano fiscal de 2023, a Takeda tem a previsão de lançar mais 14 produtos e/ou novas indicações. “Especificamente para 2022, temos a expectativa de lançar cinco produtos das áreas de oncologia, gastroenterologia e imunologia, incluindo a candidata à vacina tetravalente da Takeda contra a dengue, submetida para a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA), no primeiro semestre de 2021”, revela.
Modernização
Recentemente, em novembro de 2020, a Takeda inaugurou sua nova sede em São Paulo, mas em função da pandemia as atividades no escritório foram retomadas apenas no final de outubro último. “Com estilo arrojado, o escritório foi projetado para atender a 100% da capacidade, respeitando os protocolos de segurança impostos pela pandemia de Covid-19. “Além disso, o espaço incorpora uma série de evidências no apoio à saúde física, mental e social dos funcionários, características que conferiram à Takeda certificação máxima do Fitwel, sistema de avaliação internacional desenvolvido pelo Center for Disease Control and Prevention (CDC) e General Services Administration (GSA). A nova sede da Takeda recebeu uma das maiores pontuações do mundo, tornando o espaço o primeiro e único escritório do Brasil a obter o nível máximo da certificação Fitwel”, diz Oliveira.
Em relação à fábrica de Jaguariúna, localizada no interior de São Paulo, o diretor diz que está previsto, ainda para o ano fiscal de 2021 (abril/21 a março/22), o início da produção de oito produtos – entre medicamentos e novas indicações – que irão beneficiar pacientes acometidos por doenças gástricas, raras e neuropsiquiátricas.
ESG
A Takeda investe em políticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). A fábrica de Jaguariúna (SP), com capacidade para produzir 100 milhões de unidades de medicamentos por ano, tornou-se modelo em sustentabilidade entre as 31 plantas da Takeda pelo mundo. No Brasil, é referência também para laboratórios que buscam as melhores práticas em gestão ambiental.
O destaque veio em decorrência de metas atingidas no ano fiscal de 2020, que colocaram a fábrica de Jaguariúna em novos patamares de sustentabilidade. Hoje, 100% dos resíduos são destinados para reciclagem e coprocessamento, e os orgânicos para biodigestão. A ação também engloba resíduos de construção civil, enviados a uma usina de separação e britagem, ou seja, somos uma empresa Zero Aterro. Em relação à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), a planta, conectada a um sistema de energia incentivada, já atingiu o marco de carbono neutro para gases gerados pela produção de energia elétrica.
Em gestão hídrica, por meio do Programa Zero Efluente, cujo objetivo é reutilizar todo efluente tratado, e implantar as unidades de ultrafiltração e osmose, a fábrica deixará de usar cerca de 5 mil m³ de água da rede pública por mês, que ficarão totalmente disponíveis à população local. A quantidade corresponde ao abastecimento de cerca de 1,5 mil habitantes, considerando cálculo da Organização das Nações Unidas (ONU), que estipula que 3,3 m³ (cerca de 110 litros de água por dia) são suficientes para atender às necessidades de consumo e higiene de uma pessoa, por um mês.
Em outubro de 2021, por sinal, a Takeda lançou o seu Relatório de Sustentabilidade referente às ações do ano fiscal de 2020 (abril 2020 a março de 2021), que traz todos os resultados da companhia e seus impactos positivos em governanças Ambiental, Social e Corporativa. Ao longo desse período, a empresa apoiou 30 projetos sociais via investimento social privado e leis de incentivo, com o objetivo de diminuir as consequências da pandemia para as pessoas e as comunidades. Ao todo, foram beneficiadas 297 mil pessoas de forma direta e 308 mil indiretamente.
Do ponto de vista do meio ambiente, a Takeda coletou mais de 136 toneladas de medicamentos para o descarte correto.
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