quinta-feira , 28 março 2024
Capa » Mercado & Negócios (Página 10)

Mercado & Negócios

Indústria tenta reagir em setembro

A indústria tenta reagir na intenção de lançar produtos, segundo o Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial, produzido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. No mês de setembro o índice apresentou crescimento de 16,5% na comparação com o mês anterior no dado livre de efeitos sazonais. No entanto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apresentou uma queda de -9,6% e no acumulado de 12 meses um crescimento de 2,3%.

Na opinião de Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o índice encerrou o período de janeiro a setembro deste ano com um resultado acumulado 1,8% acima do realizado no mesmo período de 2020. “Mesmo com o indicador positivo, este é um momento de atenção com relação à intenção de lançamento de produtos, já que historicamente há uma desaceleração no último trimestre do ano que pode levar a encerrarmos 2021 no mesmo patamar do ano passado.”

 

 

Entenda o Índice GS1
Índice antecedente de produção industrial que mede a intenção de lançamento de produtos no Brasil, por meio dos pedidos de códigos barras pelas empresas.
ORIGINAL – dado bruto reflete as solicitações de GTIN mês a mês.
DESSAZONALIZADO – série livre de efeito sazonal, exclui efeitos típicos de meses específicos e permite uma avaliação mais intuitiva de tendência do crescimento da série entre os meses (ex. comportamento histórico de aumento de pedidos por conta de datas comemorativas).
O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial será divulgado:
• Todo 1º dia útil do mês
• Primeiro indicador antecedente de Indústria a ser divulgado
• Poder explicativo adicional – não direto – com significância estatística
• Relacionado com Inovação – portfólio de produtos das empresas
• Setores relacionados com CNAE – Divisão 10 a 33
• Número Índice (Base: média de 2012 = 100)

Sobre a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil

A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. A entidade conta com cerca de 58 mil associados que representam 31% do PIB nacional e 18% dos empregos formais. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística. Mais informações em www.gs1br.org.

 

 

 

 

 

População ocupada cresceu 12% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado

O desemprego recuou de 13,7% em junho para 13,1% em julho

Leia Mais »

André Kraide assume vice-presidência de recursos humanos da Bayer Brasil e da divisão agrícola da empresa na América Latina

Na Bayer há mais de 16 anos, o executivo chega para substituir Elisabete Rello na operação brasileira a partir de outubro Leia Mais »

O desafio da indústria na aceleração da demanda

Alaercio Nicoletti Junior

O mundo parece aos poucos, em alguns lugares com maior e outros com menor velocidade, sair do estado catatônico provocado pela pandemia, e simula um novo equilíbrio com retomada de parte da demanda reprimida em tempos da covid-19, embora com novas conformações de consumo, num movimento que estimula um aquecimento regional e global dos negócios.

Leia Mais »

FGV IBRE: IGP-DI cai 0,14% em agosto

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,14% em agosto, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando variara 1,45%. Com este resultado, o índice acumula alta de 15,75% no ano e de 28,21% em 12 meses. Em agosto de 2020, o índice havia subido 3,87% e acumulava elevação de 15,23% em 12 meses. Leia Mais »

Novartis anuncia novas lideranças em sua maior unidade de negócios

Além de movimentações internas, Lenio Alvarenga e Bianca Cormanich chegam à companhia para assumirem os cargos de diretor médico e líder de IHD, respectivamente Leia Mais »

Malu Nachreiner assume em novembro a presidência do Grupo Bayer no Brasil

A executiva, líder da divisão agrícola da Bayer no Brasil, mantém sua posição e passa a comandar, a partir de novembro, o grupo no país Leia Mais »

FGV IBRE: Índice de Confiança Empresarial sugere aceleração da atividade econômica no terceiro trimestre

Índice de Confiança Empresarial sugere aceleração da atividade econômica no terceiro trimestre

Leia Mais »

Ipea mantém previsão do PIB para 2021 em 4,8%

Publicação trás também previsões mensais para indústria, comércio e serviços

Leia Mais »

Clima Econômico da América Latina melhora e se aproxima da zona favorável

Além da evolução do clima econômico na região, a Sondagem da América Latina traz neste trimestre três enquetes especiais sobre fatores que vêm influenciando as perspectivas da região. A primeira se refere ao abastecimento de insumos e matérias primas, no qual o Brasil se destaca como o país que mais tem sido afetado pelo problema. A segunda ao tempo de regularização do abastecimento. Em quase todos os países, os especialistas acham que a questão será resolvida até o 1º semestre de 2022. A terceira enquete se refere ao tempo de duração da alta de preços das commodities. Nesse caso, domina a percepção que só teremos mais um ano de preços elevados.

Entre o 2º e o 3º trimestre de 2021, o Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina da Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou pelo quinto trimestre, alcançando 99,7 pontos,  o melhor resultado desde o 1º trimestre de 2018 (101,5 pontos) e se aproximando da zona de neutralidade dos 100 pontos.

O ICE é a média geométrica entre o Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE). O ISA subiu 30,9 pontos, ao passar 28,2 para 59,1 pontos, mas continua em nível historicamente baixo. O IE recuou 5,4 pontos para 150,6 pontos, e permanece em patamar otimista. O fraco desempenho do ICE vem sendo influenciado mais pela dificuldade de recuperação da situação atual desde o 3º trimestre de 2012, já que nas expectativas, as perspectivas vêm se mantendo em zona favorável desde o 3º trimestre de 2016, à exceção do 2º trimestre de 2020.
Os especialistas  estão otimistas com as perspectivas econômicas da região no segundo semestre, mas seguem na linha de avaliações desfavoráveis em relação à situação atual que marcaram os nove últimos anos.

É possível supor que o pequeno recuo no IE esteja associado com incertezas sobre os efeitos das novas cepas da Covid. Ao mesmo tempo a melhora no ISA, embora ainda insuficiente para a região entrar na zona favorável pode ser explicada pelo cenário internacional mais favorável e o avanço da imunização da população na região, ainda que irregular.

Na Tabela 1 do Press Release, os países estão ordenados pela maior variação em número de pontos do Clima Econômico entre o 2º e o 3º trimestre de 2021. Todos os países registraram melhora no ICE, sendo que o Brasil lidera a lista da maior variação do ICE, com 34,3 pontos. Essa melhora foi puxada pelo aumento no ISA em 51,6 pontos, já que o IE recuou 5,5 pontos. O maior ICE é o do Paraguai, seguido do Brasil, Chile, Peru e Colômbia (Gráfico 3 do Press Release), todos na zona favorável do índice. Os outros países têm indicadores abaixo de 100 e o menor é da Argentina, de 60,3 pontos.

Embora esteja na zona desfavorável do ICE, o Equador registrou a segunda maior variação positiva no ICE puxado pela melhora de 20,0 pontos no ISA e de 33,6 pontos no IE, possivelmente influenciada pela eleição de um novo presidente no país.

Apesar do avanço de todos os países na avaliação da situação atual, todos permanecem na zona desfavorável. O Brasil é o primeiro colocado na lista das maiores variações positivas do ISA, com 51,6 pontos, seguidos por Chile e  Peru com variações acima de 40 pontos. O maior ISA foi do Paraguai (90,0 pontos) e o menor do Uruguai, com 11,1 pontos (Gráfico 4 do Press Release).

Em relação às expectativas, variações positivas foram observadas no Paraguai (41,7 pontos), seguido do Equador, Uruguai e Argentina. A Bolívia permaneceu com o mesmo indicador. Nos demais países, houve recuo do IE, com a maior queda sendo registrada no Chile, país que apresentou a maior divergência entre os resultados de ISA e IE, com avanço de 45,8 pontos na situação atual e piora de 44,5 pontos nas expectativas.

Todos os países estão na zona favorável das expectativas, exceto a Bolívia que está na fronteira (Gráfico 5 do Press Release). O maior IE é do Uruguai (188,9 pontos) seguido do Brasil (176,9 pontos).

Previsões para o crescimento do PIB para 2021
O Gráfico 6 do Press Releasecompara as previsões de crescimento do PIB para 2021 dos especialistas consultados no 2º e 3º trimestre. A previsão do crescimento do PIB só diminuiu para o Paraguai e Argentina, mas apenas 0,5 ponto percentual, e se mantém constante no Uruguai. O resultado é consistente com uma melhora na avaliação do ICE em todos os países.

No entanto, a previsão é para o ano de 2021 e o IE se refere ao que se espera nos próximos 6 meses. Nesse caso, chama atenção a piora nas expectativas no Peru, Chile, Brasil, Colômbia e México e a revisão para cima do crescimento do PIB. Destaca-se o Chile onde o recuo do IE foi de 44,5 pontos. Aumento no preço do cobre afeta positivamente o país e contribui para a elevação do PIB, onde a participação das exportações no PIB é cerca de 30%. Outros fatores, portanto, devem estar levando ao recuo da IE, como incertezas em relação aos resultados da nova Constituinte.

Como a oferta de insumos/matérias primas é avaliada na região.
Quesitos especiais incluídos na Sondagem no 3º trimestre abordaram um tema que tem sido alvo de intenso debate: o efeito da pandemia sobre a produção e distribuição dos insumos/matérias primas nas cadeias de produção.

O resultado da pesquisa mostra que cerca de 25% dos especialistas consideram que o problema de desabastecimento de insumos e/ou matérias primas é grave. O Brasil é o país com maior percentual nesse quesito (46,2%), seguido da Colômbia, com 29,4%. Ressalta-se que quanto maior, mais diversificado e internacionalizado o parque produtivo, maior a probabilidade de o desabastecimento estar presente. Nesse caso, o México deve se beneficiar da proximidade e das relações intrafirmas e intrassetoriais com os Estados Unidos.

Na região, o efeito do desabastecimento na economia foi considerado moderado ou leve por 57% dos especialistas. Essa opção de resposta alcança percentuais acima de 40% em todos os países, exceto Paraguai e Uruguai.

A Sondagem também perguntou aos especialistas em quanto tempo esperam que a situação se regularize (Tabela 3 do Press Release). Em média, 22,9% dos especialistas esperam que a situação esteja regularizada no o 1º semestre de 2022 e 32,9% no 4º trimestre de 2021. Os países mais otimistas em termos de regularização no 3º trimestre de 2021 são o Chile e o Uruguai.

Nos países com as maiores taxas de crescimento do PIB (Peru, Colômbia, México e Brasil), ocorre a maior incidência relativa de respostas de regularização no 4º trimestre de 2021. O caso do Chile, já comentado, supõe a regularização para o trimestre presente.

Em suma, até o 1º semestre de 2022, a situação do desabastecimento teria sido resolvida em quase todos os países. Chama atenção, porém, o percentual de respostas “não sei dizer” na Argentina e no Peru.

Enquete especial sobre o comércio exterior 
O aumento no preço das commodities é um fator importante para a melhora da renda nos países exportadores da região. Há comparações com o período de bonança para a região associado ao boom dos preços das commodities na primeira década do século XXI e que perdurou até os anos de 2011.

A Sondagem perguntou aos especialistas qual o tempo que esse ciclo de aumento de preços pode durar. Como mostra a Tabela 4 do Press Release predomina a expectativa de mais um ano de preços altos (58,5%) e, em segundo lugar, com percentual de 23%, até o final de 2021. Não seria então um “super ciclo de altos preços das commodities” como o ocorrido anteriormente. Em relação ao Brasil, 76,9% dos especialistas acham que dura mais um ano e percentuais acima de 50% também foram registrados na Colômbia e México.

Fonte: FGV

× Fale com os gestores