Farmacêutica nacional internalizou a produção para garantir abastecimento e impulsionar crescimento no mercado. A expectativa é atender 41 mil pacientes já no primeiro ano de vendas

Leia Mais »

Empresa,  importante ator do setor químico e petroquímico, se destaca como uma das principais fornecedoras para os setores de saneamento e construção civil e produz matérias-primas para todas as indústrias, entre elas têxtil, de papel e celulose, de desinfetantes, alumínio, brinquedos, sapatos, alimentos, bebidas e farmacêutica, entre outras.

Leia Mais »

Por Dr. Deivis O. Guimarães*

A medicina segue avançando, e com ela, novas possibilidades surgem para cuidar melhor da saúde. Nos últimos anos, biotecnologia e nanotecnologia vêm ganhando destaque por trazerem soluções mais inteligentes, menos invasivas e muito mais alinhadas com a complexidade do corpo humano, e essas tecnologias estão permitindo o desenvolvimento de terapias não farmacológicas com potencial real de impacto positivo na vida das pessoas, desde o bem-estar até o apoio a condições crônicas.

Essas terapias não vêm para substituir as tradicionais, mas para complementar, oferecendo alternativas seguras, eficazes e com menos efeitos colaterais. A ideia não é romper com o que já existe, mas somar, e essa soma está sendo cada vez mais validada por estudos sérios, com resultados consistentes em áreas como saúde mental, metabolismo, imunidade e desenvolvimento neurológico.

Um novo olhar para o cuidado

A biotecnologia tem permitido, por exemplo, o desenvolvimento de probióticos de nova geração, cepas específicas que ajudam a equilibrar a microbiota intestinal e, com isso, melhorar aspectos que vão muito além da digestão. Já a nanotecnologia entra como uma aliada essencial para proteger esses compostos durante sua passagem pelo corpo e garantir que eles atuem no lugar certo, na hora certa.

Essa combinação vem sendo aplicada de forma cada vez mais precisa no que chamamos de eixo intestino-cérebro, uma via de comunicação entre o sistema digestivo e o sistema nervoso central que tem papel direto sobre o humor, a cognição, o comportamento e até o sono.

O papel essencial da microbiota

A microbiota intestinal é formada por trilhões de microrganismos que habitam o trato digestivo e influenciam diretamente funções metabólicas, hormonais e neurológicas, ela atua como uma verdadeira interface entre o mundo externo e o sistema imunológico, e participa da produção de neurotransmissores como serotonina e GABA, além de contribuir para a integridade da barreira intestinal.

Quando ocorre um desequilíbrio nessa comunidade, o que chamamos de disbiose, surgem impactos significativos na saúde. Estudos mostram que a disbiose está associada a doenças como obesidade, diabetes tipo 2, síndrome do intestino irritável, depressão e transtornos do espectro autista.

Uma revisão publicada nos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia aponta que a alimentação, o uso de antibióticos e o estilo de vida têm influência direta sobre a microbiota, e que sua modulação pode reduzir o risco de doenças cardiometabólicas por meio do uso de prebióticos, probióticos e dieta funcional.

Na saúde mental, uma revisão publicada na Ciência & Saúde Coletiva analisou 13 estudos e concluiu que o uso de probióticos teve efeitos positivos na redução de sintomas de ansiedade, depressão e estresse psicológico, reforçando o papel das bactérias intestinais como aliadas no cuidado emocional.

Estudos e casos práticos

Uma revisão abrangente publicada na Frontiers in Microbiology discute as aplicações de probióticos, prebióticos e simbióticos na prevenção e tratamento de diversas condições de saúde, incluindo sua influência na saúde mental por meio do eixo intestino-cérebro.

Outro caso prático vem da área metabólica. Um estudo clínico conduzido na Tailândia avaliou o efeito da suplementação com simbióticos por 12 semanas em indivíduos obesos, onde os participantes que receberam a intervenção apresentaram reduções significativas no peso corporal, no índice de massa corporal (IMC), na gordura corporal total e na circunferência da cintura, em comparação ao grupo placebo. Além disso, houve queda em marcadores inflamatórios como IL6, IL-1β e TNF-α, o que reforça o potencial dessa estratégia como uma aliada no manejo da obesidade e de distúrbios metabólicos relacionados (PHOSRI et al., 2021).

Esses exemplos reforçam o que muitas pesquisas vêm apontando: modular a microbiota pode ser uma forma eficaz de promover saúde física e mental, especialmente em contextos em que o tratamento tradicional não alcança todos os resultados esperados.

Comparativo: farmacológico x não farmacológico

A seguir, um quadro comparativo (baseado em evidências e revisões sistemáticas) entre terapias farmacológicas e não farmacológicas, considerando aspectos como segurança, adesão e inovação, e como as abordagens mais naturais ganham espaço quando falamos de prevenção, bem-estar e personalização. Foi utilizado o critério 1 estrela (ruim) a 5 estrelas (excelente).

O que muda na prática?

Mais do que tratar sintomas, esse novo olhar sobre a medicina busca restaurar o equilíbrio, melhorar a qualidade de vida e atuar nas causas, não só nas consequências. Não é mais só sobre combater doenças, mas sobre cuidar da saúde como um todo, algo que muitos pacientes já buscam, e que agora também pode ser encontrado com apoio da ciência e da tecnologia.

Essa mudança, aos poucos, também começa a ser percebida por profissionais da saúde, que encontram nas terapias não farmacológicas uma forma de complementar o cuidado e, em muitos casos, melhorar os resultados clínicos sem sobrecarregar o paciente.

Para onde estamos indo?

O futuro aponta para uma medicina mais personalizada, integrativa e orientada por dados, com testes genéticos, análise do microbioma e plataformas digitais, será possível recomendar tratamentos com base nas características únicas de cada pessoa.

A biotecnologia e a nanotecnologia são peças-chave para esse futuro, seja aumentando a eficácia de compostos naturais, seja criando novas formas de cuidar com mais leveza e mais inteligência. O importante é manter o foco no que realmente importa: entregar saúde de forma segura, eficaz e cada vez mais humana.

Referências

• SARRIS, J. et al. Nutritional medicine as mainstream in psychiatry. The Lancet Psychiatry, 1(5), 354–360, 2014.
• CLARKE, G. et al. Gut microbiota: the neglected endocrine organ. Molecular Endocrinology, 28(8), 1221–1238, 2020.
• SONG, Y. et al. A randomized controlled trial into the effects of probiotics on brain electrical activity in children with autism spectrum disorder. Frontiers in Psychiatry, v. 13, 2023.
• SILVA, J. M. et al. Aplicações e perspectivas da nanotecnologia na saúde. Ciência & Cultura, 2021.
• FDA. Dietary Supplements. U.S. Food & Drug Administration. Disponível em: https://www.fda.gov/food/dietary-supplements • CRUMEYROLLE-AYE, M. et al. Autism Spectrum Disorders and the Gut
Microbiota. Frontiers in Microbiology, 2023. • MELO, D. O. et al. Intervenção com probióticos na saúde mental: revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 27(6), 2022.
• FERREIRA, C. L. et al. Interações entre microbiota intestinal e doenças
metabólicas. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 64(4), 2020.
• PHOSRI, A.; RATTANAVITANON, V.; TANTIVATANA, T. et al. Effects of Synbiotic Supplementation on Body Fat and Inflammatory Biomarkers in Obese Thai Adults: A Randomized Controlled Trial. Foods, v. 10, n. 7, p. 1580, 2021. Disponível em: https://www.mdpi.com/2304-8158/10/7/1580. Acesso em: 2 abr. 2025.

*Pesquisador e Diretor de pesquisa da Gon1 Biotech
Doutor Honoris Causa em Biotecnologia aplicada em saúde
Doutorando em gestão e tecnologia industrial: desenvolvimento de novos produtos

Elaine São Miguel é a primeira mulher a ocupar o cargo no Brasil, e estará à frente de um dos mercados mais estratégicos para a empresa globalmente

Leia Mais »

Em um ano, o WIN impactou 60% das mulheres da companhia, com 14 mentoradas e mais de 100 horas dedicadas ao desenvolvimento profissional das colaboradoras 

Leia Mais »

Executivo chega para impulsionar estratégias omnichannel da rede

Leia Mais »

Empresas que buscam a certificação de biodiversidade para demonstrar a sustentabilidade ambiental de seus negócios têm a oportunidade de saber mais sobre o assunto no evento “Certificação Life – Negócios e Biodiversidade”, que será realizado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e o Instituto Life, no dia 24 de abril. A palestra é gratuita e está com inscrições abertas.

Leia Mais »